v7.0.8
Veja mais em rubyonrails.org: Mais Ruby on Rails

Introdução às Engines

Neste guia você irá aprender sobre engines e como elas podem ser utilizadas para prover funcionalidades adicionais para suas aplicações hospedeiras através de uma interface bem limpa e fácil de usar.

Após ler este guia, você saberá:

1 O que são Engines?

Engines podem ser consideradas aplicações em miniatura que fornecem funcionalidades para a aplicação hospedeira. Uma aplicação Rails é na verdade apenas uma engine "sobrecarregada", com a classe Rails::Application herdando muitos de seus comportamentos a partir da classe Rails::Engine.

Portanto, engines e aplicações podem ser tratadas quase como a mesma coisa, apenas com algumas diferenças sutis, como você verá ao longo deste guia. Engines e aplicações também compartilham uma estrutura em comum.

Engines também são intimamente relacionadas a plugins. Os dois compartilham uma estrutura de diretório lib e ambos são gerados usando o gerador rails plugin new. A diferença é que uma engine é considerada um "plugin completo" pelo Rails (como é indicado pela opção --full que é passada ao comando gerador). Entretanto, nós iremos usar a opção --mountable aqui, que inclui todas as funcionalidades da --full, e mais algumas. Este guia referenciará estes "plugins completos" apenas como "engines" em todo o decorrer. Uma engine pode ser um plugin, e um plugin pode ser uma engine.

A engine que será criada neste guia será chamada "blorgh". Essa engine proverá a funcionalidade de blogging para sua aplicação hospedeira, permitindo a criação de novos artigos e comentários. No começo deste guia, você irá trabalhar somente com a engine em si, mas nas seções mais a frente, você verá como conectá-la em uma aplicação.

Engines também podem ser isoladas de sua aplicação hospedeira. Isso significa que uma aplicação é capaz de ter um caminho provido por um helper de roteamento, como o articles_path e usar uma engine que também provê um caminho chamado articles_path, e os dois não sofreram conflito. Junto com isso, controllers, models e nomes de tabela também são separados por namespace. Você verá como fazer isso mais tarde neste guia.

É importante ter em mente que a aplicação sempre terá precedência sobre suas engines. Uma aplicação é o objeto que terá a palavra final sobre o que estará presente no ambiente. A engine estará somente a aprimorando, ao invés de mudá-la drasticamente.

Para ver demonstrações de outras engines, veja Devise, uma engine que provê autenticação para suas aplicações hospedeiras, ou Thredded, uma engine que provê funcionalidades de fórum, também há Spree, que provê uma plataforma de e-commerce, e Refinery CMS, uma engine de CMS.

Por fim, engines não seriam possíveis sem o trabalho de James Adam, Piotr Sarnacki, a equipe principal do Rails e várias outras pessoas. Se algum dia você se encontrar com eles, não se esqueça de dizer "obrigado(a)"!

2 Gerando uma Engine

Para gerar uma engine, você precisará rodar o gerador de plugin e passar a ele opções conforme for necessário. Para o exemplo do "blorgh", você precisará criar uma engine "montável" (mountable), executando o seguinte comando em um terminal:

$ rails plugin new blorgh --mountable

A lista com todas as opções disponíveis no gerador de plugin pode ser vista digitando:

$ rails plugin --help

A opção --mountable indica ao gerador que você quer criar uma engine "montável" e com namespace isolado. Esse gerador fornecerá a mesma estrutura de esqueleto que a opção --full. A opção --full indica ao gerador que você quer criar uma engine, incluindo uma estrutura de esqueleto que fornece o seguinte:

  • Uma árvore de diretório app
  • Um arquivo config/routes.rb:

    Rails.application.routes.draw do
    end
    
  • Um arquivo em lib/blorgh/engine.rb, que é idêntico em função quando se compara ao arquivo config/application.rb presente em aplicações Rails padrões:

    module Blorgh
      class Engine < ::Rails::Engine
      end
    end
    

A opção --mountable adicionará à opção --full:

  • Arquivos de manifesto de recursos (blorgh_manifest.js and application.css)
  • Um stub ApplicationController com namespace
  • Um stup ApplicationHelper com namespace
  • Um template de layout para as views da engine
  • Isolação de namespace em config/routes.rb:

    Blorgh::Engine.routes.draw do
    end
    
  • Isolação de namespace em lib/blorgh/engine.rb:

    module Blorgh
      class Engine < ::Rails::Engine
        isolate_namespace Blorgh
      end
    end
    

De forma adicional, a opção --mountable indica ao gerador para montar a engine dentro da aplicação de teste fictícia localizada em test/dummy ao adicionar o seguinte as rotas da aplicação fictícia em test/dummy/config/routes.rb:

mount Blorgh::Engine => "/blorgh"

2.1 Dentro de uma engine

2.1.1 Arquivos Críticos

No diretório raiz dessa nova engine há um arquivo blorgh.gemspec. Quando você incluir a engine em uma aplicação mais tarde, você fará isso colocando esta linha no Gemfile de sua aplicação Rails:

gem 'blorgh', path: 'engines/blorgh'

Não esqueça de executar bundle install como de costume. Ao especificá-la como uma gem dentro do Gemfile, o Bundler irá carregá-la de acordo, analisando esse arquivo blorgh.gemspec e requerindo um arquivo dentro do diretório lib chamado lib/blorgh.rb. Esse arquivo requere o arquivo blorgh/engine.rb (localizado em lib/blorgh/engine.rb) e define um módulo base chamado Blorgh.

require "blorgh/engine"

module Blorgh
end

Some engines choose to use this file to put global configuration options for their engine. It's a relatively good idea, so if you want to offer configuration options, the file where your engine's module is defined is perfect for that. Place the methods inside the module and you'll be good to go.

Dentro de lib/blorgh/engine.rb está a classe base da engine

module Blorgh
  class Engine < ::Rails::Engine
    isolate_namespace Blorgh
  end
end

Ao herdar da classe Rails::Engine, essa gem notifica ao Rails que existe uma engine no caminho especificado e montará corretamente a engine dentro da aplicação, executando tarefas como adicionar o diretório app da engine ao caminho de carregamento (load path) para models, mailers, controllers e views.

O método isolate_namespace merece uma nota especial. Essa chamada é responsável por isolar os controllers, models, rotas e outras coisas em seu próprio namespace, separado de componentes similares dentro da aplicação. Sem isso, haveria a possibilidade dos componentes da engine "vazarem" dentro da aplicação, causando uma disrupção indesejada, ou que componentes importantes da engine fossem sobrescritos por coisas com nomes similares existentes na aplicação. Um exemplo de conflitos como esses são os helpers. Sem chamar isolate_namespace, os helpers da engine seriam incluídos nos controllers da aplicação.

It is highly recommended that the isolate_namespace line be left within the Engine class definition. Without it, classes generated in an engine may conflict with an application.

O que esse isolamento de namespace significa é que um model gerado por uma chamada ao bin/rails generate model, como bin/rails generate model article, não será chamada Article, mas sim dentro de um namespace, chamado de Blorgh::Article. Além disso, a tabela para o model também usará o namespace, tornando-se blorgh_articles, ao invés de simplesmente articles. Similar ao namespacing do model, um controller chamado ArticlesController se torna Blorgh::ArticlesController e as views desse controller não estarão em app/views/articles, mas sim em app/views/blorgh/articles. Mailers, jobs e helpers também são incluídos no namespace.

Por fim, as rotas também serão isoladas dentro da engine. Essa é uma das partes mais importantes sobre namespacing, e é discutida mais tarde na seção Rotas deste guia.

2.1.2 Diretório app

Dentro do diretório app estão os diretórios padrões assets, controllers, helpers, jobs, mailers, models, e views de uma aplicação que você deve estar familiarizado. Nós veremos mais sobre models em uma seção futura, quando estivermos escrevendo a engine.

Dentro do diretório app/assets, estão os diretórios images e stylesheets que, novamente, já deve ser familiar a você devido sua similaridade com uma aplicação. Uma diferença aqui, entretanto, é que cada diretório contém um sub-diretório com o nome da engine. Como essa engine utiliza um namespace, seus assets também devem usar.

Dentro do diretório app/controllers há um diretório blorgh que contém um arquivo chamado application_controller.rb. Esse arquivo fornecerá funcionalidades comuns aos controllers da engine. O diretório blorgh é onde os outros controllers da engine estarão. Ao colocá-los neste diretório com namespace, você estará evitando que eles possam conflitar com controllers com nomes idênticos de controllers existentes em outras engines ou da própria aplicação.

The ApplicationController class inside an engine is named just like a Rails application in order to make it easier for you to convert your applications into engines.

If the parent application runs in classic mode, you may run into a situation where your engine controller is inheriting from the main application controller and not your engine's application controller. The best way to prevent this is to switch to zeitwerk mode in the parent application. Otherwise, use require_dependency to ensure that the engine's application controller is loaded. For example:

# ONLY NEEDED IN `classic` MODE.
require_dependency "blorgh/application_controller"

module Blorgh
  class ArticlesController < ApplicationController
    # ...
  end
end

Don't use require because it will break the automatic reloading of classes in the development environment - using require_dependency ensures that classes are loaded and unloaded in the correct manner.

Assim como para app/controllers, você encontrará um subdiretório blorgh dentro dos diretórios app/helpers, app/jobs, app/mailers e app/models contendo o arquivo associado application_*.rb para reunir funcionalidades comuns. Ao colocar seus arquivos nesse subdiretório e utilizar o namespace nos seus objetos, você evita que eles possam conflitar com elementos de nome idênticos ao de outras engines ou até mesmo da própria aplicação.

Por último, o diretório app/views contém uma pasta layouts, que contém um arquivo em blorgh/application.html.erb. Esse arquivo permite que você especifique um layout para a engine. Se a engine for utilizada sozinha, então você deve adicionar as personalizações necessárias para seu arquivo de layout ao invés do arquivo app/views/layouts/application.html.erb da aplicação.

Se você não quer forçar um layout para os usuários da engine, então você pode deletar esse arquivo e referenciar um layout diferente nos controllers da sua engine.

2.1.3 Diretório bin

Esse diretório contém um arquivo, bin/rails, que possibilita o uso dos sub-comandos e geradores do Rails assim como você utilizaria em uma aplicação. Isso significa que você terá a habilidade de gerar novos controllers e models para essa engine de forma bem simples ao rodar comandos como este:

$ bin/rails generate model

Tenha em mente, é claro, que tudo gerado com esses comandos dentro de uma engine que contém o isolate_namespace na classe Engine conterá um namespace.

2.1.4 Diretório test

O diretório test é onde os testes para a engine estarão. Para testar a engine, há uma versão reduzida de uma aplicação Rails embutida nela em test/dummy. Essa aplicação irá montar a engine no arquivo test/dummy/config/routes.rb:

Rails.application.routes.draw do
  mount Blorgh::Engine => "/blorgh"
end

Essa linha monta a engine no caminho /blorgh, que a tornará acessível através da aplicação somente neste caminho.

Dentro do diretório de teste há o diretório test/integration, onde os testes de integração devem ser colocados. Outros diretórios também podem ser criados no diretório test. Por exemplo, você pode querer criar um diretório test/models para os testes de models.

3 Fornecendo Funcionalidades a Engine

A engine que este guia cobre fornece funcionalidades de submeter artigos e comentários e segue na mesma linha do Guia Começando com Rails, com algumas novas alterações.

For this section, make sure to run the commands in the root of the blorgh engine's directory.

3.1 Gerando um Recurso de Artigo

A primeira coisa a se gerar para uma engine de blog é o model Article e o controller relacionado. Para gerar isso rapidamente, você pode utilizar o gerador de scaffold do Rails.

$ bin/rails generate scaffold article title:string text:text

Esse comando gerará a seguinte saída:

invoke  active_record
create    db/migrate/[timestamp]_create_blorgh_articles.rb
create    app/models/blorgh/article.rb
invoke    test_unit
create      test/models/blorgh/article_test.rb
create      test/fixtures/blorgh/articles.yml
invoke  resource_route
 route    resources :articles
invoke  scaffold_controller
create    app/controllers/blorgh/articles_controller.rb
invoke    erb
create      app/views/blorgh/articles
create      app/views/blorgh/articles/index.html.erb
create      app/views/blorgh/articles/edit.html.erb
create      app/views/blorgh/articles/show.html.erb
create      app/views/blorgh/articles/new.html.erb
create      app/views/blorgh/articles/_form.html.erb
invoke    test_unit
create      test/controllers/blorgh/articles_controller_test.rb
create      test/system/blorgh/articles_test.rb
invoke    helper
create      app/helpers/blorgh/articles_helper.rb
invoke      test_unit

A primeira coisa que o gerador de scaffold faz é invocar o gerador active_record, que gera uma migração e um model para o recurso. Note que, porém, a migração é chamada create_blorgh_articles ao invés de create_articles. Isso se deve a chamada do método isolate_namespace na definição da classe Blorgh::Engine. O model aqui também está sob um namespace, colocado em app/models/blorgh/article.rb ao invés de app/models/article.rb devido à chamada do método isolate_namespace dentro da classe Engine.

A seguir, é invocado o gerador test_unit para este model, gerando um teste de model em test/models/blorgh/article_test.rb (ao invés de test/models/article_test.rb) e uma fixture em test/fixtures/blorgh/articles.yml (ao invés de test/fixtures/articles.yml).

Depois disso, uma linha para o recurso é inserida no arquivo config/routes.rb para aquela engine. Essa linha é simplesmente resources :articles, transformando o arquivo config/routes.rb da engine nisto:

Blorgh::Engine.routes.draw do
  resources :articles
end

Note que as rotas são escritas sobre o objeto Blorgh::Engine ao invés da classe YourApp::Application. Isso acontece, pois assim as rotas da engine permanecem confinadas na própria engine e podem ser montadas em um ponto específico como mostrado na seção diretório de teste. Isso também faz com que as rotas da engine estejam isoladas das rotas da própria aplicação. A seção Rotas deste guia, descreve isso em detalhes.

A seguir, é invocado o gerador scaffold_controller, gerando um controller chamado Blorgh::ArticlesController (em app/controllers/blorgh/articles_controller.rb) e suas views relacionadas em app/views/blorgh/articles. Esse gerador também gera testes para o controller (test/controllers/blorgh/articles_controller_test.rb e test/system/blorgh/articles_test.rb) e um helper (app/helpers/blorgh/articles_helper.rb).

Tudo que esse gerador cria está sob um namespace. A classe do controller é definida dentro de um módulo Blorgh:

module Blorgh
  class ArticlesController < ApplicationController
    # ...
  end
end

The ArticlesController class inherits from Blorgh::ApplicationController, not the application's ApplicationController.

O helper dentro de app/helpers/blorgh/articles_helper.rb também está sob um namespace.

module Blorgh
  module ArticlesHelper
    # ...
  end
end

Isso ajuda a prevenir conflitos com qualquer outra engine ou aplicação que também tenha um recurso de artigo.

Você pode ver o que a engine tem até agora executando bin/rails db:migrate na raiz de sua engine para executar as migrações geradas pelo gerador de scaffold, e então executar bin/rails server em test/dummy. Quando você abrir http://localhost:3000/blorgh/articles, você verá o scaffold padrão que foi gerado. Clique em volta! Você acaba de gerar as primeiras funções de sua primeira engine.

Se você preferir testar utilizando o console, bin/rails console também funcionará como uma aplicação Rails. Lembre-se: o model Article utiliza um namespace, então para referenciá-lo, você deve chamá-lo como Blorgh::Article.

irb> Blorgh::Article.find(1)
=> #<Blorgh::Article id: 1 ...>

Uma última coisa é que o recurso articles para essa engine deve estar na raiz da engine. Sempre que alguém for ao caminho raiz onde a engine está montada, eles devem ver uma lista de artigos. Isso pode ser feito se essa linha for inserida ao arquivo config/routes.rb dentro da engine:

root to: "articles#index"

Agora, as pessoas só precisarão ir à raiz da engine para ver os artigos, ao invés de visitar /articles. Isso significa que ao invés de http://localhost:3000/blorgh/articles, você agora só precisa ir até http://localhost:3000/blorgh.

3.2 Gerando um Recurso de Comentários

Agora que a engine pode criar novos artigos, faz sentido adicionar a funcionalidade de comentários também. Para fazer isso, você precisará gerar um model de comentário, um controller de comentários, e então modificar o scaffold de artigos para exibir os comentários e permitir que pessoas possam criar novos comentários.

Da raiz da engine, execute o gerador de model. Indique a geração de um model Comment, com a sua tabela contendo duas colunas: um inteiro article_id e uma coluna de texto text.

$ bin/rails generate model Comment article_id:integer text:text

Isso produzirá a seguinte saída:

invoke  active_record
create    db/migrate/[timestamp]_create_blorgh_comments.rb
create    app/models/blorgh/comment.rb
invoke    test_unit
create      test/models/blorgh/comment_test.rb
create      test/fixtures/blorgh/comments.yml

Esse gerador gerará somente os arquivos de model que ele precisa, colocando os arquivo dentro de um diretório blorgh e criando uma classe de model chamada Blorgh::Comment. Agora execute a migração para criar nossa tabela blorgh_comments.

$ bin/rails db:migrate

Para exibir os comentários em um artigo, edite app/views/blorgh/articles/show.html.erb e adicione essas linhas antes do link "Edit".

<h3>Comments</h3>
<%= render @article.comments %>

Essa linha requer que exista uma associação has_many com os comentários definida no model Blorgh::Article, o que não existe até o momento. Para defini-la, abra app/models/blorgh/article.rb e adicione essa linha no model.

has_many :comments

Transformando o model nisso:

module Blorgh
  class Article < ApplicationRecord
    has_many :comments
  end
end

Because the has_many is defined inside a class that is inside the Blorgh module, Rails will know that you want to use the Blorgh::Comment model for these objects, so there's no need to specify that using the :class_name option here.

A seguir, é necessário que tenhamos um formulário para que os comentários sejam criados dentro de um artigo. Para adicionar isso, coloque essa linha logo após render @article.comments em app/views/blorgh/articles/show.html.erb.

<%= render "blorgh/comments/form" %>

A seguir, a partial que essa linha renderizará precisa existir. Crie um novo diretório app/views/blorgh/comments e dentro dele, um novo arquivo chamado _form.html.erb que contem esse conteúdo para criar a partial requerida:

<h3>New comment</h3>
<%= form_with model: [@article, @article.comments.build] do |form| %>
  <p>
    <%= form.label :text %><br>
    <%= form.text_area :text %>
  </p>
  <%= form.submit %>
<% end %>

Quando esse formulário é submetido, ele tentará performar uma requisição do tipo POST a uma rota /articles/:article_id/comments da engine. Essa ainda não existe atualmente, mas pode ser criada mudando a linha resources :articles dentro de config/routes.rb para estas linhas:

resources :articles do
  resources :comments
end

Isso cria uma rota aninhada para os comentários, que o formulário requer.

Essa rota agora existe, mas o controller para onde está rota leva, não existe. Para criá-lo, execute este comando na raiz da engine.

$ bin/rails generate controller comments

Isso gerará o seguinte:

create  app/controllers/blorgh/comments_controller.rb
invoke  erb
 exist    app/views/blorgh/comments
invoke  test_unit
create    test/controllers/blorgh/comments_controller_test.rb
invoke  helper
create    app/helpers/blorgh/comments_helper.rb
invoke    test_unit

O formulário está executando uma requisição do tipo POST para /articles/:article_id/comments que corresponderá a ação create em Blorgh::CommentsController. Essa ação precisa ser criada, o que pode ser feito colocando as seguintes linhas dentro da definição da classe em app/controllers/blorgh/comments_controller.rb:

def create
  @article = Article.find(params[:article_id])
  @comment = @article.comments.create(comment_params)
  flash[:notice] = "Comment has been created!"
  redirect_to articles_path
end

private
  def comment_params
    params.require(:comment).permit(:text)
  end

Isso é o último passo requerido para obter o formulário de novo comentário funcionando. Exibir os comentários, entretanto, ainda não está funcionando. Se você criar um comentário agora, você verá o seguinte erro:

Missing partial blorgh/comments/_comment with {:handlers=>[:erb, :builder],
:formats=>[:html], :locale=>[:en, :en]}. Searched in:   *
"/Users/ryan/Sites/side_projects/blorgh/test/dummy/app/views"   *
"/Users/ryan/Sites/side_projects/blorgh/app/views"

Essa engine não é capaz de encontrar a partial requerida para renderizar os comentários. O Rails procura primeiro no diretório app/views da aplicação (test/dummy) e depois no diretório app/views da engine. Quando ele não consegue encontrar, ele irá disparar esse erro. A engine sabe procurar por blorgh/comments/_comment porque o objeto do model a está recebendo da classe Blorgh::Comment.

Essa partial será responsável apenas por renderizar o texto do comentário, por agora. Crie um novo arquivo em app/views/blorgh/comments/_comment.html.erb e coloque essa linha dentro dele:

<%= comment_counter + 1 %>. <%= comment.text %>

A variável local comment_counter nos é provida pela chamada <%= render @article.comments %>, que irá defini-la automaticamente e incrementar o contador enquanto faz a iteração através de cada comentário. Ela é usada nesse exemplo para exibir um pequeno número ao lado de cada comentário quando ele é criado.

Isso finaliza a funcionalidade de comentário da engine de blogging. Agora é hora de utilizá-la em uma aplicação.

4 Hooking Into an Application

Using an engine within an application is very easy. This section covers how to mount the engine into an application and the initial setup required, as well as linking the engine to a User class provided by the application to provide ownership for articles and comments within the engine.

4.1 Mounting the Engine

First, the engine needs to be specified inside the application's Gemfile. If there isn't an application handy to test this out in, generate one using the rails new command outside of the engine directory like this:

$ rails new unicorn

Usually, specifying the engine inside the Gemfile would be done by specifying it as a normal, everyday gem.

gem 'devise'

However, because you are developing the blorgh engine on your local machine, you will need to specify the :path option in your Gemfile:

gem 'blorgh', path: 'engines/blorgh'

Then run bundle to install the gem.

As described earlier, by placing the gem in the Gemfile it will be loaded when Rails is loaded. It will first require lib/blorgh.rb from the engine, then lib/blorgh/engine.rb, which is the file that defines the major pieces of functionality for the engine.

To make the engine's functionality accessible from within an application, it needs to be mounted in that application's config/routes.rb file:

mount Blorgh::Engine, at: "/blog"

This line will mount the engine at /blog in the application. Making it accessible at http://localhost:3000/blog when the application runs with bin/rails server.

Other engines, such as Devise, handle this a little differently by making you specify custom helpers (such as devise_for) in the routes. These helpers do exactly the same thing, mounting pieces of the engines's functionality at a pre-defined path which may be customizable.

4.2 Engine Setup

The engine contains migrations for the blorgh_articles and blorgh_comments table which need to be created in the application's database so that the engine's models can query them correctly. To copy these migrations into the application run the following command from the application's root:

$ bin/rails blorgh:install:migrations

If you have multiple engines that need migrations copied over, use railties:install:migrations instead:

$ bin/rails railties:install:migrations

This command, when run for the first time, will copy over all the migrations from the engine. When run the next time, it will only copy over migrations that haven't been copied over already. The first run for this command will output something such as this:

Copied migration [timestamp_1]_create_blorgh_articles.blorgh.rb from blorgh
Copied migration [timestamp_2]_create_blorgh_comments.blorgh.rb from blorgh

The first timestamp ([timestamp_1]) will be the current time, and the second timestamp ([timestamp_2]) will be the current time plus a second. The reason for this is so that the migrations for the engine are run after any existing migrations in the application.

To run these migrations within the context of the application, simply run bin/rails db:migrate. When accessing the engine through http://localhost:3000/blog, the articles will be empty. This is because the table created inside the application is different from the one created within the engine. Go ahead, play around with the newly mounted engine. You'll find that it's the same as when it was only an engine.

If you would like to run migrations only from one engine, you can do it by specifying SCOPE:

$ bin/rails db:migrate SCOPE=blorgh

This may be useful if you want to revert engine's migrations before removing it. To revert all migrations from blorgh engine you can run code such as:

$ bin/rails db:migrate SCOPE=blorgh VERSION=0

4.3 Using a Class Provided by the Application

4.3.1 Using a Model Provided by the Application

When an engine is created, it may want to use specific classes from an application to provide links between the pieces of the engine and the pieces of the application. In the case of the blorgh engine, making articles and comments have authors would make a lot of sense.

A typical application might have a User class that would be used to represent authors for an article or a comment. But there could be a case where the application calls this class something different, such as Person. For this reason, the engine should not hardcode associations specifically for a User class.

To keep it simple in this case, the application will have a class called User that represents the users of the application (we'll get into making this configurable further on). It can be generated using this command inside the application:

$ bin/rails generate model user name:string

The bin/rails db:migrate command needs to be run here to ensure that our application has the users table for future use.

Also, to keep it simple, the articles form will have a new text field called author_name, where users can elect to put their name. The engine will then take this name and either create a new User object from it, or find one that already has that name. The engine will then associate the article with the found or created User object.

First, the author_name text field needs to be added to the app/views/blorgh/articles/_form.html.erb partial inside the engine. This can be added above the title field with this code:

<div class="field">
  <%= form.label :author_name %><br>
  <%= form.text_field :author_name %>
</div>

Next, we need to update our Blorgh::ArticlesController#article_params method to permit the new form parameter:

def article_params
  params.require(:article).permit(:title, :text, :author_name)
end

The Blorgh::Article model should then have some code to convert the author_name field into an actual User object and associate it as that article's author before the article is saved. It will also need to have an attr_accessor set up for this field, so that the setter and getter methods are defined for it.

To do all this, you'll need to add the attr_accessor for author_name, the association for the author and the before_validation call into app/models/blorgh/article.rb. The author association will be hard-coded to the User class for the time being.

attr_accessor :author_name
belongs_to :author, class_name: "User"

before_validation :set_author

private
  def set_author
    self.author = User.find_or_create_by(name: author_name)
  end

By representing the author association's object with the User class, a link is established between the engine and the application. There needs to be a way of associating the records in the blorgh_articles table with the records in the users table. Because the association is called author, there should be an author_id column added to the blorgh_articles table.

To generate this new column, run this command within the engine:

$ bin/rails generate migration add_author_id_to_blorgh_articles author_id:integer

Due to the migration's name and the column specification after it, Rails will automatically know that you want to add a column to a specific table and write that into the migration for you. You don't need to tell it any more than this.

This migration will need to be run on the application. To do that, it must first be copied using this command:

$ bin/rails blorgh:install:migrations

Notice that only one migration was copied over here. This is because the first two migrations were copied over the first time this command was run.

NOTE Migration [timestamp]_create_blorgh_articles.blorgh.rb from blorgh has been skipped. Migration with the same name already exists.
NOTE Migration [timestamp]_create_blorgh_comments.blorgh.rb from blorgh has been skipped. Migration with the same name already exists.
Copied migration [timestamp]_add_author_id_to_blorgh_articles.blorgh.rb from blorgh

Run the migration using:

$ bin/rails db:migrate

Now with all the pieces in place, an action will take place that will associate an author - represented by a record in the users table - with an article, represented by the blorgh_articles table from the engine.

Finally, the author's name should be displayed on the article's page. Add this code above the "Title" output inside app/views/blorgh/articles/show.html.erb:

<p>
  <b>Author:</b>
  <%= @article.author.name %>
</p>
4.3.2 Using a Controller Provided by the Application

Because Rails controllers generally share code for things like authentication and accessing session variables, they inherit from ApplicationController by default. Rails engines, however are scoped to run independently from the main application, so each engine gets a scoped ApplicationController. This namespace prevents code collisions, but often engine controllers need to access methods in the main application's ApplicationController. An easy way to provide this access is to change the engine's scoped ApplicationController to inherit from the main application's ApplicationController. For our Blorgh engine this would be done by changing app/controllers/blorgh/application_controller.rb to look like:

module Blorgh
  class ApplicationController < ::ApplicationController
  end
end

By default, the engine's controllers inherit from Blorgh::ApplicationController. So, after making this change they will have access to the main application's ApplicationController, as though they were part of the main application.

This change does require that the engine is run from a Rails application that has an ApplicationController.

4.4 Configuring an Engine

This section covers how to make the User class configurable, followed by general configuration tips for the engine.

4.4.1 Setting Configuration Settings in the Application

The next step is to make the class that represents a User in the application customizable for the engine. This is because that class may not always be User, as previously explained. To make this setting customizable, the engine will have a configuration setting called author_class that will be used to specify which class represents users inside the application.

To define this configuration setting, you should use a mattr_accessor inside the Blorgh module for the engine. Add this line to lib/blorgh.rb inside the engine:

mattr_accessor :author_class

This method works like its siblings, attr_accessor and cattr_accessor, but provides a setter and getter method on the module with the specified name. To use it, it must be referenced using Blorgh.author_class.

The next step is to switch the Blorgh::Article model over to this new setting. Change the belongs_to association inside this model (app/models/blorgh/article.rb) to this:

belongs_to :author, class_name: Blorgh.author_class

The set_author method in the Blorgh::Article model should also use this class:

self.author = Blorgh.author_class.constantize.find_or_create_by(name: author_name)

To save having to call constantize on the author_class result all the time, you could instead just override the author_class getter method inside the Blorgh module in the lib/blorgh.rb file to always call constantize on the saved value before returning the result:

def self.author_class
  @@author_class.constantize
end

This would then turn the above code for set_author into this:

self.author = Blorgh.author_class.find_or_create_by(name: author_name)

Resulting in something a little shorter, and more implicit in its behavior. The author_class method should always return a Class object.

Since we changed the author_class method to return a Class instead of a String, we must also modify our belongs_to definition in the Blorgh::Article model:

belongs_to :author, class_name: Blorgh.author_class.to_s

To set this configuration setting within the application, an initializer should be used. By using an initializer, the configuration will be set up before the application starts and calls the engine's models, which may depend on this configuration setting existing.

Create a new initializer at config/initializers/blorgh.rb inside the application where the blorgh engine is installed and put this content in it:

Blorgh.author_class = "User"

It's very important here to use the String version of the class, rather than the class itself. If you were to use the class, Rails would attempt to load that class and then reference the related table. This could lead to problems if the table didn't already exist. Therefore, a String should be used and then converted to a class using constantize in the engine later on.

Go ahead and try to create a new article. You will see that it works exactly in the same way as before, except this time the engine is using the configuration setting in config/initializers/blorgh.rb to learn what the class is.

There are now no strict dependencies on what the class is, only what the API for the class must be. The engine simply requires this class to define a find_or_create_by method which returns an object of that class, to be associated with an article when it's created. This object, of course, should have some sort of identifier by which it can be referenced.

4.4.2 General Engine Configuration

Within an engine, there may come a time where you wish to use things such as initializers, internationalization, or other configuration options. The great news is that these things are entirely possible, because a Rails engine shares much the same functionality as a Rails application. In fact, a Rails application's functionality is actually a superset of what is provided by engines!

If you wish to use an initializer - code that should run before the engine is loaded - the place for it is the config/initializers folder. This directory's functionality is explained in the Initializers section of the Configuring guide, and works precisely the same way as the config/initializers directory inside an application. The same thing goes if you want to use a standard initializer.

For locales, simply place the locale files in the config/locales directory, just like you would in an application.

5 Testando uma Engine

Quando uma engine é gerada, há uma pequena aplicação fictícia (dummy) criada dentro dela em test/dummy. Essa aplicação é utilizada como ponto de montagem para a engine, para tornar os testes de uma engine extremamente simples. Você pode ampliar essa aplicação gerando controllers, models ou views de dentro do diretório, e então usá-los para testar sua engine.

O diretório test sempre deverá ser tratado como um ambiente de teste típico do Rails, permitindo testes unitários, funcionais e de integração.

5.1 Testes funcionais

É importante levar em consideração ao escrever testes funcionais, que os testes serão executados em uma aplicação - a aplicação test/dummy - e não a sua engine. Isso se deve a preparação do ambiente de testes; uma engine precisa de uma aplicação hospedeira para que seja possível testar suas funcionalidades principais, especialmente os controllers. Isso significa que se você está a realizar um típico GET para um controller em um teste funcional de controller como este:

module Blorgh
  class FooControllerTest < ActionDispatch::IntegrationTest
    include Engine.routes.url_helpers

    def test_index
      get foos_url
      # ...
    end
  end
end

Ele pode não funcionar corretamente. Isso acontece porque a aplicação não sabe como rotear essas requisições para as engines a menos que você diga como fazer isso, de forma explícita. E para isso, você precisa definir a variável de instância @routes como sendo o conjunto de rotas da engine no seu código de preparação (setup):

module Blorgh
  class FooControllerTest < ActionDispatch::IntegrationTest
    include Engine.routes.url_helpers

    setup do
      @routes = Engine.routes
    end

    def test_index
      get foos_url
      # ...
    end
  end
end

Isso indica à aplicação que você ainda quer executar uma requisição do tipo GET, para ação index desse controller, mas você quer usar as rotas da engine para chegar lá, ao invés das rotas da aplicação.

Isso também certifica que os helpers de URL da engine irão funcionar como esperado em seus testes.

6 Improving Engine Functionality

This section explains how to add and/or override engine MVC functionality in the main Rails application.

6.1 Overriding Models and Controllers

Engine models and controllers can be reopened by the parent application to extend or decorate them.

Overrides may be organized in a dedicated directory app/overrides, ignored by the autoloader, and preloaded in a to_prepare callback:

# config/application.rb
module MyApp
  class Application < Rails::Application
    # ...

    overrides = "#{Rails.root}/app/overrides"
    Rails.autoloaders.main.ignore(overrides)

    config.to_prepare do
      Dir.glob("#{overrides}/**/*_override.rb").sort.each do |override|
        load override
      end
    end
  end
end
6.1.1 Reopening Existing Classes Using class_eval

For example, in order to override the engine model

# Blorgh/app/models/blorgh/article.rb
module Blorgh
  class Article < ApplicationRecord
    # ...
  end
end

you just create a file that reopens that class:

# MyApp/app/overrides/models/blorgh/article_override.rb
Blorgh::Article.class_eval do
  # ...
end

It is very important that the override reopens the class or module. Using the class or module keywords would define them if they were not already in memory, which would be incorrect because the definition lives in the engine. Using class_eval as shown above ensures you are reopening.

6.1.2 Reopening Existing Classes Using ActiveSupport::Concern

Using Class#class_eval is great for simple adjustments, but for more complex class modifications, you might want to consider using ActiveSupport::Concern. ActiveSupport::Concern manages load order of interlinked dependent modules and classes at run time allowing you to significantly modularize your code.

Adding Article#time_since_created and Overriding Article#summary:

# MyApp/app/models/blorgh/article.rb

class Blorgh::Article < ApplicationRecord
  include Blorgh::Concerns::Models::Article

  def time_since_created
    Time.current - created_at
  end

  def summary
    "#{title} - #{truncate(text)}"
  end
end
# Blorgh/app/models/blorgh/article.rb
module Blorgh
  class Article < ApplicationRecord
    include Blorgh::Concerns::Models::Article
  end
end
# Blorgh/lib/concerns/models/article.rb

module Blorgh::Concerns::Models::Article
  extend ActiveSupport::Concern

  # `included do` causes the block to be evaluated in the context
  # in which the module is included (i.e. Blorgh::Article),
  # rather than in the module itself.
  included do
    attr_accessor :author_name
    belongs_to :author, class_name: "User"

    before_validation :set_author

    private
      def set_author
        self.author = User.find_or_create_by(name: author_name)
      end
  end

  def summary
    "#{title}"
  end

  module ClassMethods
    def some_class_method
      'some class method string'
    end
  end
end

6.2 Autoloading and Engines

Please check the Autoloading and Reloading Constants guide for more information about autoloading and engines.

6.3 Overriding Views

When Rails looks for a view to render, it will first look in the app/views directory of the application. If it cannot find the view there, it will check in the app/views directories of all engines that have this directory.

When the application is asked to render the view for Blorgh::ArticlesController's index action, it will first look for the path app/views/blorgh/articles/index.html.erb within the application. If it cannot find it, it will look inside the engine.

You can override this view in the application by simply creating a new file at app/views/blorgh/articles/index.html.erb. Then you can completely change what this view would normally output.

Try this now by creating a new file at app/views/blorgh/articles/index.html.erb and put this content in it:

<h1>Articles</h1>
<%= link_to "New Article", new_article_path %>
<% @articles.each do |article| %>
  <h2><%= article.title %></h2>
  <small>By <%= article.author %></small>
  <%= simple_format(article.text) %>
  <hr>
<% end %>

6.4 Routes

Routes inside an engine are isolated from the application by default. This is done by the isolate_namespace call inside the Engine class. This essentially means that the application and its engines can have identically named routes and they will not clash.

Routes inside an engine are drawn on the Engine class within config/routes.rb, like this:

Blorgh::Engine.routes.draw do
  resources :articles
end

By having isolated routes such as this, if you wish to link to an area of an engine from within an application, you will need to use the engine's routing proxy method. Calls to normal routing methods such as articles_path may end up going to undesired locations if both the application and the engine have such a helper defined.

For instance, the following example would go to the application's articles_path if that template was rendered from the application, or the engine's articles_path if it was rendered from the engine:

<%= link_to "Blog articles", articles_path %>

To make this route always use the engine's articles_path routing helper method, we must call the method on the routing proxy method that shares the same name as the engine.

<%= link_to "Blog articles", blorgh.articles_path %>

If you wish to reference the application inside the engine in a similar way, use the main_app helper:

<%= link_to "Home", main_app.root_path %>

If you were to use this inside an engine, it would always go to the application's root. If you were to leave off the main_app "routing proxy" method call, it could potentially go to the engine's or application's root, depending on where it was called from.

If a template rendered from within an engine attempts to use one of the application's routing helper methods, it may result in an undefined method call. If you encounter such an issue, ensure that you're not attempting to call the application's routing methods without the main_app prefix from within the engine.

6.5 Assets

Assets within an engine work in an identical way to a full application. Because the engine class inherits from Rails::Engine, the application will know to look up assets in the engine's app/assets and lib/assets directories.

Like all of the other components of an engine, the assets should be namespaced. This means that if you have an asset called style.css, it should be placed at app/assets/stylesheets/[engine name]/style.css, rather than app/assets/stylesheets/style.css. If this asset isn't namespaced, there is a possibility that the host application could have an asset named identically, in which case the application's asset would take precedence and the engine's one would be ignored.

Imagine that you did have an asset located at app/assets/stylesheets/blorgh/style.css. To include this asset inside an application, just use stylesheet_link_tag and reference the asset as if it were inside the engine:

<%= stylesheet_link_tag "blorgh/style.css" %>

You can also specify these assets as dependencies of other assets using Asset Pipeline require statements in processed files:

/*
 *= require blorgh/style
 */

Remember that in order to use languages like Sass or CoffeeScript, you should add the relevant library to your engine's .gemspec.

6.6 Separate Assets and Precompiling

There are some situations where your engine's assets are not required by the host application. For example, say that you've created an admin functionality that only exists for your engine. In this case, the host application doesn't need to require admin.css or admin.js. Only the gem's admin layout needs these assets. It doesn't make sense for the host app to include "blorgh/admin.css" in its stylesheets. In this situation, you should explicitly define these assets for precompilation. This tells Sprockets to add your engine assets when bin/rails assets:precompile is triggered.

You can define assets for precompilation in engine.rb:

initializer "blorgh.assets.precompile" do |app|
  app.config.assets.precompile += %w( admin.js admin.css )
end

For more information, read the Asset Pipeline guide.

6.7 Other Gem Dependencies

Gem dependencies inside an engine should be specified inside the .gemspec file at the root of the engine. The reason is that the engine may be installed as a gem. If dependencies were to be specified inside the Gemfile, these would not be recognized by a traditional gem install and so they would not be installed, causing the engine to malfunction.

To specify a dependency that should be installed with the engine during a traditional gem install, specify it inside the Gem::Specification block inside the .gemspec file in the engine:

s.add_dependency "moo"

To specify a dependency that should only be installed as a development dependency of the application, specify it like this:

s.add_development_dependency "moo"

Both kinds of dependencies will be installed when bundle install is run inside of the application. The development dependencies for the gem will only be used when the development and tests for the engine are running.

Note that if you want to immediately require dependencies when the engine is required, you should require them before the engine's initialization. For example:

require "other_engine/engine"
require "yet_another_engine/engine"

module MyEngine
  class Engine < ::Rails::Engine
  end
end

7 Load and Configuration Hooks

Rails code can often be referenced on load of an application. Rails is responsible for the load order of these frameworks, so when you load frameworks, such as ActiveRecord::Base, prematurely you are violating an implicit contract your application has with Rails. Moreover, by loading code such as ActiveRecord::Base on boot of your application you are loading entire frameworks which may slow down your boot time and could cause conflicts with load order and boot of your application.

Load and configuration hooks are the API that allow you to hook into this initialization process without violating the load contract with Rails. This will also mitigate boot performance degradation and avoid conflicts.

7.1 Avoid Loading Rails Frameworks

Since Ruby is a dynamic language, some code will cause different Rails frameworks to load. Take this snippet for instance:

ActiveRecord::Base.include(MyActiveRecordHelper)

This snippet means that when this file is loaded, it will encounter ActiveRecord::Base. This encounter causes Ruby to look for the definition of that constant and will require it. This causes the entire Active Record framework to be loaded on boot.

ActiveSupport.on_load is a mechanism that can be used to defer the loading of code until it is actually needed. The snippet above can be changed to:

ActiveSupport.on_load(:active_record) do
  include MyActiveRecordHelper
end

This new snippet will only include MyActiveRecordHelper when ActiveRecord::Base is loaded.

7.2 When are Hooks called?

In the Rails framework these hooks are called when a specific library is loaded. For example, when ActionController::Base is loaded, the :action_controller_base hook is called. This means that all ActiveSupport.on_load calls with :action_controller_base hooks will be called in the context of ActionController::Base (that means self will be an ActionController::Base).

7.3 Modifying Code to Use Load Hooks

Modifying code is generally straightforward. If you have a line of code that refers to a Rails framework such as ActiveRecord::Base you can wrap that code in a load hook.

Modifying calls to include

ActiveRecord::Base.include(MyActiveRecordHelper)

becomes

ActiveSupport.on_load(:active_record) do
  # self refers to ActiveRecord::Base here,
  # so we can call .include
  include MyActiveRecordHelper
end

Modifying calls to prepend

ActionController::Base.prepend(MyActionControllerHelper)

becomes

ActiveSupport.on_load(:action_controller_base) do
  # self refers to ActionController::Base here,
  # so we can call .prepend
  prepend MyActionControllerHelper
end

Modifying calls to class methods

ActiveRecord::Base.include_root_in_json = true

becomes

ActiveSupport.on_load(:active_record) do
  # self refers to ActiveRecord::Base here
  self.include_root_in_json = true
end

7.4 Available Load Hooks

These are the load hooks you can use in your own code. To hook into the initialization process of one of the following classes use the available hook.

Class Hook
ActionCable action_cable
ActionCable::Channel::Base action_cable_channel
ActionCable::Connection::Base action_cable_connection
ActionCable::Connection::TestCase action_cable_connection_test_case
ActionController::API action_controller_api
ActionController::API action_controller
ActionController::Base action_controller_base
ActionController::Base action_controller
ActionController::TestCase action_controller_test_case
ActionDispatch::IntegrationTest action_dispatch_integration_test
ActionDispatch::Response action_dispatch_response
ActionDispatch::Request action_dispatch_request
ActionDispatch::SystemTestCase action_dispatch_system_test_case
ActionMailbox::Base action_mailbox
ActionMailbox::InboundEmail action_mailbox_inbound_email
ActionMailbox::Record action_mailbox_record
ActionMailbox::TestCase action_mailbox_test_case
ActionMailer::Base action_mailer
ActionMailer::TestCase action_mailer_test_case
ActionText::Content action_text_content
ActionText::Record action_text_record
ActionText::RichText action_text_rich_text
ActionView::Base action_view
ActionView::TestCase action_view_test_case
ActiveJob::Base active_job
ActiveJob::TestCase active_job_test_case
ActiveRecord::Base active_record
ActiveStorage::Attachment active_storage_attachment
ActiveStorage::VariantRecord active_storage_variant_record
ActiveStorage::Blob active_storage_blob
ActiveStorage::Record active_storage_record
ActiveSupport::TestCase active_support_test_case
i18n i18n

7.5 Available Configuration Hooks

Configuration hooks do not hook into any particular framework, but instead they run in context of the entire application.

Hook Use Case
before_configuration First configurable block to run. Called before any initializers are run.
before_initialize Second configurable block to run. Called before frameworks initialize.
before_eager_load Third configurable block to run. Does not run if config.eager_load set to false.
after_initialize Last configurable block to run. Called after frameworks initialize.

Configuration hooks can be called in the Engine class.

module Blorgh
  class Engine < ::Rails::Engine
    config.before_configuration do
      puts 'I am called before any initializers'
    end
  end
end

Feedback

Você é incentivado a ajudar a melhorar a qualidade deste guia.

Por favor, contribua caso veja quaisquer erros, inclusive erros de digitação. Para começar, você pode ler nossa sessão de contribuindo com a documentação.

Você também pode encontrar conteúdo incompleto ou coisas que não estão atualizadas. Por favor, adicione qualquer documentação em falta na main do Rails. Certifique-se de checar o Edge Guides (en-US) primeiro para verificar se o problema já foi resolvido ou não no branch main. Verifique as Diretrizes do Guia Ruby on Rails para estilo e convenções.

Se, por qualquer motivo, você encontrar algo para consertar, mas não conseguir consertá-lo, por favor abra uma issue no nosso Guia.

E por último, mas não menos importante, qualquer tipo de discussão sobre a documentação do Ruby on Rails é muito bem vinda na forum oficial do Ruby on Rails e nas issues do Guia em português.


dark theme icon