1 Por que escrever testes para a sua Aplicação Rails?
O Rails torna super fácil escrever seus testes. Ele começa produzindo um esqueleto de código de teste enquanto você cria seus models e controllers.
Ao rodar seus testes no Rails você pode garantir que seu código continua com a funcionalidade desejada mesmo após algumas grandes refatorações no código.
Os testes no Rails podem simular requisições no browser e com isso, você pode testar a resposta da sua aplicação sem ter que testar utilizando de fato seu o browser.
2 Introdução a testes
O suporte a testes foi implantado no Rails desde os primórdios. Não foi uma epifania do tipo: "Vamos adicionar suporte para testes porque eles são novos e legais!"
2.1 Configurações para testes em aplicações Rails
O Rails cria um diretório test
para você logo que você cria um projeto Rails usando o comando rails new
nome_da_aplicacao. Se você listar o conteúdo deste diretório, você verá:
$ ls -F test
application_system_test_case.rb controllers/ helpers/ mailers/ system/
channels/ fixtures/ integration/ models/ test_helper.rb
Os diretórios helpers
, mailers
e models
são destinados a realizar os testes para view helpers, mailers e models, respectivamente. O diretório channel
é destinado a realizar os testes para a conexão e canais do ActionCable. O diretório controllers
se destina a realizar testes para os controllers, rotas e views. O diretório integration
se destina a realizar testes de interação entre controllers.
O diretório system
é destinado a realizar os testes do sistema, que são usados para testes completos da aplicação no browser. Os Testes de Sistema permitem você testar a aplicação do jeito que seu usuário experiência e ajuda você a testar seu JavaScript também.
Os Testes de sistemas herdam de Capybara e são executados em testes de browser para a sua aplicação
Fixtures são um jeito de organizar dados de testes; ficam no diretório fixtures
Um diretório jobs
também será criado quando um teste associado é gerado.
O arquivo test_helper.rb
é responsável por realizar as configurações padrão para seus testes.
O arquivo application_system_test_case.rb
é responsável por realizar as configurações padrão para seus testes de sistema.
2.2 O Ambiente de Teste
Por padrão, toda aplicação Rails tem três ambientes: desenvolvimento, teste e produção.
A configuração de cada ambiente pode ser modificada de forma semelhante. Neste caso, podemos modificar nosso ambiente de teste alterando as opções encontradas em config/environments/test.rb
.
Seus testes são executados sob o comando RAILS_ENV=test
.
2.3 Rails conhece Minitest
Se você se lembra, nós usamos o comando bin/rails generate model
no guia Começando com Rails. Nós criamos nosso primeiro model e, entre outras coisas, foi criado stub de testes no diretório test
:
$ bin/rails generate model article title:string body:text
...
create app/models/article.rb
create test/models/article_test.rb
create test/fixtures/articles.yml
...
O stub teste padrão em test/models/article_test.rb
parece assim:
require "test_helper"
class ArticleTest < ActiveSupport::TestCase
# test "the truth" do
# assert true
# end
end
Uma inspeção linha a linha desse arquivo ajudará você a se orientar a terminologia e código de testes no Rails.
require "test_helper"
Ao fazer require do arquivo test_helper.rb
, as configurações padrões para executar nossos testes são carregadas. Nós vamos incluir isso em todos os testes que escrevermos, então qualquer método adicionado a este arquivo vai estar disponível em todos os nossos testes.
class ArticleTest < ActiveSupport::TestCase
A classe ArticleTest
define um test case porque ela herda de ActiveSupport::TestCase
. ArticleTest
portanto tem todos os métodos disponíveis de ActiveSupport::TestCase
. Mais pra frente nesse guia, nós vamos adicionar alguns dos métodos dados.
Qualquer método definido com uma classe herdada de Minitest::Test
(que é uma superclasse de ActiveSupport::TestCase
) que começa com test_
é simplesmente chamada em um teste. Então, métodos definidos como test_password
e test_valid_password
são nomes de testes legais e serão executados automaticamente quando o caso de teste (test_case) é executado.
O Rails também adiciona um método test
que leva um nome test e um bloco. Isso gera um teste normal Minitest::Unit
com nomes de métodos prefixados com test_
. Então você não precisa se preocupar com nomear os métodos, e você pode escrever algo assim:
test "the truth" do
assert true
end
Que é aproximadamente o mesmo que escrever isto:
def test_the_truth
assert true
end
Apesar de você ainda poder usar definições comuns de métodos, usando o prefixo test
permite você ter um teste mais legível.
O nome do método é gerado por alterar espaços com undescores(_). O resultado não precisa ser um identificador Ruby válido, embora o nome possa conter caracteres de pontuação, etc. Isso é porque em Ruby tecnicamente qualquer string pode ser o nome de um método. Isso pode requerer a chamada dos métodos define_method
e send
para funcionar corretamente, mas formalmente há uma pequena restrição no nome.
A seguir, vamos olhar para nossa primeira asserção:
assert true
Uma asserção é uma linha de código que pode se tornar um objeto (ou expressão) para resultados esperados. Por exemplo, uma asserção pode checar se:
- Esse valor é igual a aquele valor?
- Esse objeto é nulo?
- Essa linha de código dispara uma exceção?
- A senha do usuário é maior que 5 caracteres?
Todo teste pode conter uma ou mais asserções, sem restrições em quantas asserções são permitidas. Apenas quando todas as asserções serem bem-sucedidas o teste vai passar.
2.3.1 Seu primeiro teste que falha
Para ver como uma falha no teste é reportada, você pode adicionar um teste que falha no caso de teste do arquivo article_test.rb
.
test "should not save article without title" do
article = Article.new
assert_not article.save
end
Vamos executar o teste com esse caso de teste adicionado (onde 6 é o número da linha onde o teste é definido).
$ bin/rails test test/models/article_test.rb:6
Run options: --seed 44656
# Running:
F
Failure:
ArticleTest#test_should_not_save_article_without_title [/path/to/blog/test/models/article_test.rb:6]:
Expected true to be nil or false
rails test test/models/article_test.rb:6
Finished in 0.023918s, 41.8090 runs/s, 41.8090 assertions/s.
1 runs, 1 assertions, 1 failures, 0 errors, 0 skips
Na saída do teste, F
significa uma falha. Você pode ver o trace correspondente mostrado abaixo de Failure
junto com o nome do teste que está falhando. As próximas linhas contém as origens do erro seguido por uma mensagem que menciona o valor atual e o valor esperado pela asserção. A mensagem de asserção padrão provê informação o suficiente para ajudar a localizar o erro. Para fazer a asserção mais legível, toda asserção tem um parâmetro de mensagem opcional, como foi mostrado aqui:
test "should not save article without title" do
article = Article.new
assert_not article.save, "Saved the article without a title"
end
A execução desse teste exibe uma mensagem de asserção mais amigável:
Failure:
ArticleTest#test_should_not_save_article_without_title [/path/to/blog/test/models/article_test.rb:6]:
Saved the article without a title
Agora para fazer esse teste passar nós podemos adicionar uma validação no nível do model para o campo title.
class Article < ApplicationRecord
validates :title, presence: true
end
Agora o teste deveria passar. Vamos verificar executando o teste novamente:
$ bin/rails test test/models/article_test.rb:6
Run options: --seed 31252
# Running:
.
Finished in 0.027476s, 36.3952 runs/s, 36.3952 assertions/s.
1 runs, 1 assertions, 0 failures, 0 errors, 0 skips
Agora, se você notou, nós escrevemos um teste que falha para uma funcionalidade desejada, então nós escrevemos um código básico que adiciona a funcionalidade e finalmente nós tivemos certeza que nosso testes passam. Essa abordagem em desenvolvimento de software é referida como Test-Driven Development (TDD).
2.3.2 Como um erro se parece
Para ver como um erro é reportado, aqui está um teste contendo um erro:
test "should report error" do
# some_undefined_variable não está definida no caso de teste
some_undefined_variable
assert true
end
Agora você pode ver mais saída no console ao rodar os testes:
$ bin/rails test test/models/article_test.rb
Run options: --seed 1808
# Running:
.E
Error:
ArticleTest#test_should_report_error:
NameError: undefined local variable or method 'some_undefined_variable' for #<ArticleTest:0x007fee3aa71798>
test/models/article_test.rb:11:in 'block in <class:ArticleTest>'
rails test test/models/article_test.rb:9
Finished in 0.040609s, 49.2500 runs/s, 24.6250 assertions/s.
2 runs, 1 assertions, 0 failures, 1 errors, 0 skips
Observe o 'E' na saída. Isso significa um teste com erro.
A execução de cada método de teste para assim que qualquer erro ou uma falha de teste é encontrada, e a suíte de teste continua com o próximo método. Todos os métodos de testes são executados numa ordem aleatória. A opção config.active_support.test_order
pode ser usada para configurar a ordem do teste.
Quando um teste falha você é apresentado ao backtrace correspondente. Por padrão
Rails filtra o backtrace e mostrará apenas linhas relevantes para sua
aplicação. Isso elimina qualquer reclamação do framework e isso ajuda a focar no seu
código. No entanto existem situações que você quer ver o backtrace
completo. Coloque o argumento -b
(ou --backtrace
) para habilitar esse comportamento:
$ bin/rails test -b test/models/article_test.rb
Se nós queremos que este teste passe nós devemos modificar isto para usar assert_raises
assim:
test "should report error" do
# some_undefined_variable não está definida no caso de teste
assert_raises(NameError) do
some_undefined_variable
end
end
Este teste agora deveria passar.
2.4 Asserções disponíveis
Por agora você viu pouco de algumas asserções que estão disponíveis. Asserções são as obreiras dos testes. Elas são as únicas que na verdade performam para checar se as coisas estão indo conforme o planejado.
Aqui está um resumo das asserções que você pode usar com
Minitest
, a biblioteca padrão
usada pelo Rails. O parâmetro [msg]
é uma mensagem opcional do tipo string que você pode
especificar para fazer as falhas do teste mais claras.
Asserção | Propósito |
---|---|
assert( test, [msg] ) |
Checa se test é verdadeiro. |
assert_not( test, [msg] ) |
Checa se test é falso. |
assert_equal( expected, actual, [msg] ) |
Checa se expected == actual é verdadeiro. |
assert_not_equal( expected, actual, [msg] ) |
Checa se expected != actual é verdadeiro. |
assert_same( expected, actual, [msg] ) |
Checa se expected.equal?(actual) é verdadeiro. |
assert_not_same( expected, actual, [msg] ) |
Checa se expected.equal?(actual) é falso. |
assert_nil( obj, [msg] ) |
Checa se obj.nil? é verdadeiro. |
assert_not_nil( obj, [msg] ) |
Checa se obj.nil? é falso. |
assert_empty( obj, [msg] ) |
Checa se obj is empty? (obj é vazio). |
assert_not_empty( obj, [msg] ) |
Checa se obj is not empty? (obj não é vazio). |
assert_match( regexp, string, [msg] ) |
Checa se uma string bate com a expressão regular dada. |
assert_no_match( regexp, string, [msg] ) |
Checa se uma string não bate com a expressão regular dada. |
assert_includes( collection, obj, [msg] ) |
Checa se obj está incluído na collection . |
assert_not_includes( collection, obj, [msg] ) |
Checa se obj não está incluído na collection . |
assert_in_delta( expected, actual, [delta], [msg] ) |
Checa se os números expected e atual estão aproximados com o delta de cada. |
assert_not_in_delta( expected, actual, [delta], [msg] ) |
Checa se os números expected e atual não estão aproximados com o delta de cada. |
assert_in_epsilon ( expected, actual, [epsilon], [msg] ) |
Checa se os números expected e actual tem um erro relativo menor que epsilon . |
assert_not_in_epsilon ( expected, actual, [epsilon], [msg] ) |
Checa se os números expected e actual não tem um erro relativo menor que epsilon . |
assert_throws( symbol, [msg] ) { block } |
Checa se um dado bloco dispara um erro com o symbol
|
assert_raises( exception1, exception2, ... ) { block } |
Checa se um dado bloco dispara uma das exceções dadas. |
assert_instance_of( class, obj, [msg] ) |
Checa se obj é uma instância de class . |
assert_not_instance_of( class, obj, [msg] ) |
Checa se obj não é uma instância de class . |
assert_kind_of( class, obj, [msg] ) |
Checa se obj é uma instância de class or uma descendente dela. |
assert_not_kind_of( class, obj, [msg] ) |
Checa se obj não é uma instância de class e não é uma descendente dela. |
assert_respond_to( obj, symbol, [msg] ) |
Checa se obj responde a symbol . |
assert_not_respond_to( obj, symbol, [msg] ) |
Checa se obj não responde a symbol . |
assert_operator( obj1, operator, [obj2], [msg] ) |
Checa se obj1.operator(obj2) é verdadeiro. |
assert_not_operator( obj1, operator, [obj2], [msg] ) |
Checa se obj1.operator(obj2) é falso. |
assert_predicate ( obj, predicate, [msg] ) |
Checa se obj.predicate é verdadeiro, ex: assert_predicate str, :empty?
|
assert_not_predicate ( obj, predicate, [msg] ) |
Checa se obj.predicate é falso, ex: assert_not_predicate str, :empty?
|
flunk( [msg] ) |
Checa que o teste falha. Isso é útil para marcar explicitamente que o teste não está finalizado ainda. |
As asserções acima são um subconjunto de asserções que minitest
suporta. Para uma lista mais atualizada, por favor cheque
Minitest API documentation, especificamente
Minitest::Assertions
.
Por conta da natureza modular do framework
de testes, é possível criar suas próprias asserções. De fato, isso é exatamente o que Rails faz. Isso inclui algumas asserções especializadas para deixar sua vida mais fácil.
Criar suas próprias asserções é um tópico avançado que não cobriremos nesse tutorial.
2.5 Asserções Específicas do Rails
Rails adiciona algumas asserções customizadas o framework minitest
:
Asserção | Propósito |
---|---|
assert_difference(expressions, difference = 1, message = nil) {...} |
Testa a diferença numérica entre o valor retornada da expressão como um resultado que contabilizado no bloco yielded. |
assert_no_difference(expressions, message = nil, &block) |
Checa se i resultado numérico da expressão calculada não é mudado antes e depois de invocar o bloco passado. |
assert_changes(expressions, message = nil, from:, to:, &block) |
Testa o resultado de uma expressão calculado é alterado depois de passar pelo bloco. |
assert_no_changes(expressions, message = nil, &block) |
Testa o resultado de uma expressão não é alterada depois de passar pelo bloco. |
assert_nothing_raised { block } |
Checa se o bloco dado não dispara nenhuma exceção. |
assert_recognizes(expected_options, path, extras={}, message=nil) |
Checa se o Rails reconhece a rota fornecida pelas expected_options . |
assert_generates(expected_path, options, defaults={}, extras = {}, message=nil) |
O inverso de assert_recognizes . Checa se o Rails não reconhece a rota fornecida pelas expected_options . |
assert_response(type, message = nil) |
Checa se a resposta de uma requisição vem com um código de status específico. Você pode especificar :success para indicar 200-299, :redirect para indicar 300-399, :missing para indicar 404, ou :error para indicar o intervalo de 500-599. Você pode também passar o número explícito do status ou símbolo equivalente. Para mais informação, veja lista completa de códigos de status e como seus mapeamentos funcionam. |
assert_redirected_to(options = {}, message=nil) |
Checa se a resposta de uma requisição é redirecionada para uma URL que "bate" com as opções dadas. Você pode passar rotas nomeadas tais como asset_redirected_to root_path e objetos do Active Record como assert_redirected_to @article . |
Agora você verá alguns usos de algumas dessas asserções no próximo capítulo.
2.6 Uma breve nota sobre os Casos de Testes
Todas as asserções tais como assert_equal
são definidas em Minitest::Assertions
são também disponíveis nas classes que nós usamos em nossos próprios casos de teste. De fato, Rails provê as seguintes classes que você pode herdar de:
ActiveSupport::TestCase
ActionMailer::TestCase
ActionView::TestCase
ActiveJob::TestCase
ActionDispatch::IntegrationTest
ActionDispatch::SystemTestCase
Rails::Generators::TestCase
Cada uma dessas asserções inclui Minitest::Assertions
, nos permitindo usar todas as asserções básicas de nossos testes.
Para mais informações em Minitest
, procure na sua própria documentação.
2.7 O Teste Runner
do Rails
Nós podemos executar todos os nossos testes de uma vez usando o comando bin/rails test
.
Ou podemos executar um único arquivo de teste passando no comando bin/rails test
o arquivo contendo os casos de testes.
$ bin/rails test test/models/article_test.rb
Run options: --seed 1559
# Running:
..
Finished in 0.027034s, 73.9810 runs/s, 110.9715 assertions/s.
2 runs, 3 assertions, 0 failures, 0 errors, 0 skips
Isso vai executar todos os métodos do caso de teste.
Você também pode executar um método particular do caso de teste provendo a opção -n
ou --name
e o nome do método de teste.
$ bin/rails test test/models/article_test.rb -n test_the_truth
Run options: -n test_the_truth --seed 43583
# Running:
.
Finished tests in 0.009064s, 110.3266 tests/s, 110.3266 assertions/s.
1 tests, 1 assertions, 0 failures, 0 errors, 0 skips
Você pode também executar uma linha específica de um teste colocando o número da linha.
$ bin/rails test test/models/article_test.rb:6 # run specific test and line
Você também pode executar um diretório inteiro de testes colocando o caminho do diretório.
$ bin/rails test test/controllers # run all tests from specific directory
O Teste Runner provê muitas feature como failing fast, adiando a saída do teste no fim da execução do teste e assim por diante. Cheque a documentação do Test Runner da seguinte forma:
$ bin/rails test -h
Usage: rails test [options] [files or directories]
Você pode executar um único teste adicionando o número da linha para o arquivo:
bin/rails test test/models/user_test.rb:27
Você pode executar múltiplos arquivos e pastas ao mesmo tempo:
bin/rails test test/controllers test/integration/login_test.rb
Por padrão falhas de testes e erros são reportados numa única linha durante uma execução.
opções do minitest:
-h, --help Mostra esse menu de ajuda.
--no-plugins Pula o plugin de auto-loading do minitest (ou coloque $MT_NO_PLUGINS).
-s, --seed SEED Coloca _seed_ aleatório. Pode também ser colocado por variável de ambiente. Ex: SEED=n rake
-v, --verbose Verboso. Mostra o progresso de arquivos enquanto estão processando.
-n, --name PATTERN Filtra a execução em /regexp/ (Expressão regular) ou string.
--exclude PATTERN Exclui /regexp/ ou string da execução.
Extensões conhecidas: rails, pride
-w, --warnings Executa com Warnings habilitados
-e, --environment ENV Executa os testes em um ambiente específico
-b, --backtrace Mostra o _backtrace_ completo
-d, --defer-output Saída das falhas no teste e erros depois da execução de todos os testes
-f, --fail-fast Aborta a execução dos testes na primeira falha ou no primeiro erro
-c, --[no-]color Habilita cor ou não na saída
-p, --pride Orgulho. Mostre o orgulho do seu teste!
3 Testes em Paralelo
Testes em paralelo permitem a paralelização da sua suíte de testes. Ao passo que fazer fork de processos é o método padrão, também é suportado o uso de threads. Rodar testes em paralelo reduz o tempo que leva para rodar sua suíte de testes inteira.
3.1 Testes em Paralelo com Processos
O método padrão de paralelização é fazer fork de processos utilizando o sistema DRb do Ruby.
Os número de processos utilizados depende do número de workers fornecidos.
O número padrão é a quantidade de núcleos de seu computador, mas pode ser mudado para a quantidade
passada para o método parallelize
.
Para habilitar a paralelização adicione o seguinte em seu arquivo test_helper.rb
:
class ActiveSupport::TestCase
parallelize(workers: 2)
end
O número de workers informado é o número de vezes que o processo sofrerá fork. Voce pode querer paralelizar sua suíte de testes local de maneira diferente de seu CI, por isso uma variável de ambiente está disponível para que seja possível mudar facilmente o número de workers que uma execução dos testes deve usar:
$ PARALLEL_WORKERS=15 bin/rails test
Quando testes são paralelizados, o Active Record automaticamente lida com a criação dos bancos de dados e do carregamento do esquema (schema) no banco de dados de cada processo.
Os bancos de dados criados serão sufixados de acordo com a numeração do worker.
Por exemplo, se há 2 workers, os testes criarão os bancos test-database-0
e test-database-1
respectivamente.
Se o número de workers passado for 1 ou menos, os processos não sofrerão fork e os testes não serão paralelizados.
Além disso, o banco de original test-database
será usado.
Dois hooks são disponibilizados, um que roda quando o processo sofre fork e outro quando o fork é encerrado. Isso pode ser útil se sua aplicação usa múltiplos bancos de dados ou executa outras atividades que dependem da quantidade de workers.
O método parallelize_setup
é chamado logo após o fork do processo.
O método parallelize_teardown
é chamado no momento antes do processo ser finalizado.
class ActiveSupport::TestCase
parallelize_setup do |worker|
# configuração dos bancos de dados
end
parallelize_teardown do |worker|
# limpeza dos bancos de dados
end
parallelize(workers: :number_of_processors)
end
Esses métodos não são necessários ou estão indisponíveis quando testes paralelos com threads são utilizados.
3.2 Testes em Paralelo com Threads
Se você preferir utilizar threads ou está utilizando JRuby, a opção de paralelizar com threads está disponível.
O paralelizador com threads utiliza por baixo dos panos a classe Parallel::Executor
do Minitest.
Para mudar o método de paralelização para utilizar threads ao invés de forks, escreva o seguinte em seu test_helper.rb
:
class ActiveSupport::TestCase
parallelize(workers: :number_of_processors, with: :threads)
end
Aplicações Rails geradas com JRuby ou TruffleRuby irão incluir automaticamente a opção with: :threads
.
o número de workers passado para parallelize
determina o número de threads que os testes irão utilizar.
Voce pode querer paralelizar sua suíte de testes de maneira diferente de seu CI,
por isso uma variável de ambiente está disponível para que seja possível mudar facilmente
o número de workers que uma execução dos testes deve usar:
$ PARALLEL_WORKERS=15 bin/rails test
3.3 Testando Transações em Paralelo
O Rails automaticamente envolve todo caso de teste em uma transação do banco de dados, que é desfeita depois que o teste é concluído. Isso faz com que os casos de teste sejam independentes uns dos outros e faz com que as mudanças no banco de dados sejam visíveis somente dentro daquele teste.
Quando você testa código que roda transações paralelas em threads, as transações podem bloquear umas às outras, pois eles já estão aninhadas com a transação do caso de teste.
Você pode desabilitar transações na classe de um caso de teste, através da configuração self.use_transactional_tests = false
:
class WorkerTest < ActiveSupport::TestCase
self.use_transactional_tests = false
test "parallel transactions" do
# inicia threads que criam transações
end
end
Com os testes transacionais desligados, você terá que que limpar os dados de teste criados, já que a as mudanças não são automaticamente desfeitas depois que o teste termina.
3.4 Limite para paralelizar testes
A execução de testes em paralelo adiciona uma sobrecarga em termos de configuração do banco de dados e carregamento de fixtures. Por isso, o Rails não paralelizar execuções que envolvem menos de 50 testes.
Você pode configurar este limite em seu test.rb
:
config.active_support.test_parallelization_threshold = 100
E também ao configurar a paralelização no nível do caso de teste:
class ActiveSupport::TestCase
parallelize threshold: 100
end
4 O Banco de Dados de Teste
Quase tudo em uma aplicação Rails interage fortemente com um banco de dados e, como resultado, seus testes também precisarão interagir com um banco de dados. Para escrever testes eficientes, você precisará entender como configurar e como popular esse banco de dados com dados de exemplo.
Por padrão, toda aplicação Rails tem 3 ambientes (environments): development
, test
e production
.
O banco de dados de cada ambiente é configurado em config/database.yml
.
Um banco de dados dedicado aos testes permite a configuração e a interação com os dados de teste separadamente. Dessa forma, seus testes podem manipular dados de teste com confiança, sem se preocupar com os bancos de desenvolvimento ou produção.
4.1 Mantendo o esquema do banco de dados de teste
Para rodar os testes, seu banco de dados precisará ter a estrutura atual.
A classe test helper checa se seu banco de teste tem alguma migração pendente.
Ela vai tentar carregar seu db/schema.rb
ou db/structure.sql
dentro do banco de teste.
Se alguma migração ainda estiver faltando, um erro vai ser levantado.
Isso indica que seu esquema (schema) ainda não foi totalmente migrado.
Rodar as migrações do banco de desenvolvimento (bin/rails db:migrate
) irá atualizar o esquema para a última versão.
Se migrações que já existiam forem modificadas, o banco de dados de teste precisará ser refeito.
Isso pode ser feito executando bin/rails db:test:prepare
.
4.2 O Essencial sobre Fixtures
Para fazer bons testes, você precisará pensar bastante em como irá preparar seus dados de teste. No Rails, você pode lidar com isso definindo e customizando fixtures. Você pode encontrar a documentação completa em documentação da API de Fixtures.
4.2.1 O que são Fixtures?
Fixtures é uma apenas uma palavra bonita pra dados de teste. Fixtures permitem você popular seu banco de teste com dados predefinidos antes dos testes rodarem. Fixtures funcionam independentemente do banco de dados e são escritas em YAML. Há um arquivo por model.
Fixtures não foram feitas para criar todos os objetos que seus testes precisam e são melhor gerenciadas quando usadas somente para dados padrão que podem ser usados em casos comuns.
Você encontrará fixtures dentro da pasta test/fixtures
.
Quando se roda bin/rails generate model
para criar um model, o Rails automaticamente cria um esqueleto de fixture nessa pasta.
4.2.2 YAML
Fixtures escritas em YAML são um jeito amigável para humanos de escrever seus dados de teste.
Esse tipo de fixture vai ter a extensão .yml (como em users.yml
).
Segue um exemplo de fixture em arquivo YAML:
# Vejam e contemplem! Eu sou um comentário em YAML!
david:
name: David Heinemeier Hansson
birthday: 1979-10-15
profession: Systems development
steve:
name: Steve Ross Kellock
birthday: 1974-09-27
profession: guy with keyboard
Cada fixture recebe um nome, seguido de uma lista indentada de chaves/valores separados por dois pontos. Registros são separados uns dos outros por uma linha em branco. Você pode colocar comentários em uma arquivo fixture usando o caractere # na primeira coluna do texto.
Se você está trabalhando com associações, você pode definir referências entre duas fixtures diferentes.
Aqui está um exemplo com uma associação belongs_to
/has_many
:
# test/fixtures/categories.yml
about:
name: About
# test/fixtures/articles.yml
first:
title: Welcome to Rails!
category: about
# test/fixtures/action_text/rich_texts.yml
first_content:
record: first (Article)
name: content
body: <div>Hello, from <strong>a fixture</strong></div>
Veja que a chave de category
do artigo (Article) first
encontrado em fixtures/articles.yml
tem o valor about
, e que a chave record
da entrada first_content
encontrada em fixtures/action_text/rich_texts.yml
tem um valor de first (Article)
. Isso sugere que o Active Record carregue a categoria (Category) about
encontrada em fixtures/categories.yml
para o primeiro, e o Action Text para carregar o artigo first
encontrado em fixtures/articles.yml
para o último.
Para que associações façam referência umas as outras pelo nome, você pode usar o nome da fixture ao invés de especificar a chave id:
nas fixtures associadas.
O Rails vai dar automaticamente uma chave para que haja consistência entre execuções dos testes.
Para mais informações sobre esse comportamento das associações, leia a página documentação da API de Fixtures.
4.2.3 Arquivos anexos em Fixtures
Como outros models com suporte ao Active Record, os registros em anexo do Active Storage herdam de instâncias de ActiveRecord::Base e podem, portanto, ser preenchidos por fixtures.
Considere um model Article
que tenha uma imagem associada como thumbnail
, juntamente com os dados no arquivo de fixture YAML:
class Article
has_one_attached :thumbnail
end
# test/fixtures/articles.yml
first:
title: An Article
Supondo que haja um arquivo codificado image/png em
test/fixtures/files/first.png
, as seguintes entradas de fixtures YAML serão
gerar os registros de relacionamento ActiveStorage::Blob
e ActiveStorage::Attachment
:
# test/fixtures/active_storage/blobs.yml
first_thumbnail_blob: <%= ActiveStorage::FixtureSet.blob filename: "first.png" %>
# test/fixtures/active_storage/attachments.yml
first_thumbnail_attachment:
name: thumbnail
record: first (Article)
blob: first_thumbnail_blob
4.2.4 ERBzando as Fixtures
A linguagem ERB permite que você coloque código Ruby dentro de templates. As fixtures em formato YAML são pré-processadas com ERB antes do Rails carregar as fixtures. Isso faz com que você possa usar Ruby para ajudar a gerar dados de teste. Por exemplo, o código a seguir vai gerar mil usuários:
<% 1000.times do |n| %>
user_<%= n %>:
username: <%= "user#{n}" %>
email: <%= "user#{n}@example.com" %>
<% end %>
4.2.5 Fixtures em Ação
O Rails automaticamente carrega todas as fixtures dentro do diretório test/fixtures
por padrão.
O carregamento envolve três passos:
- Remover qualquer dado existente da tabela que corresponde a fixture
- Carregar os dados da fixture na tabela
- Copiar os dados da fixture para dentro de um método caso você queira acessá-los diretamente
Para remover todos os dados existentes, o Rails tenta desabilitar os triggers de integridade referencial (como chaves estrangeiras e constraints). Se você estiver recebendo erros irritantes de permissão na hora de rodar os testes, garanta que o usuário do banco de dados tenha permissão para desabilitar esses triggers no ambiente de teste. (No PostgreSQL, somente superusuários podem desativar todos os triggers. Leia mais sobre as permissões do PostgreSQL aqui).
4.2.6 Fixtures são Objetos do Active Record
Fixtures são instâncias de Active Record. Como mencionado no ponto #3 acima, você pode acessar o objeto diretamente, já que ele está automaticamente acessível como um método cujo escopo é local para cada teste. Por exemplo:
# isso retornará um objeto User para a fixture chamada david
users(:david)
# isso retornará a propriedade id de david
users(:david).id
# também é possível acessar os métodos disponíveis dentro de User
david = users(:david)
david.call(david.partner)
Para acessar várias fixtures de uma vez, você pode passar uma lista de nomes de fixtures. Por exemplo:
# isso retornará uma array contendo as fixtures david e steve
users(:david, :steve)
5 Testando Models
Testes de model são usados para testar os vários models de sua aplicação.
Os testes de model do Rails estão localizados em test/models
.
O Rails disponibiliza um gerador (generator) para criar esqueletos de testes de model.
$ bin/rails generate test_unit:model article title:string body:text
create test/models/article_test.rb
create test/fixtures/articles.yml
Testes de model não possuem uma superclasse como ActionMailer::TestCase
.
Ao invés disso, eles herdam de ActiveSupport::TestCase
.
6 Fazendo Testes de Sistema
Testes de sistema permitem testar interações do usuário com sua aplicação, rodando os testes em um navegador web real ou headless. Testes de sistema usam Capybara por debaixo dos panos.
Para criar testes de sistema do Rails, utilize o caminho test/system
da sua aplicação.
O Rails também disponibiliza um generator para criar esqueletos de testes de sistema para você.
$ bin/rails generate system_test users
invoke test_unit
create test/system/users_test.rb
Aqui está como um teste de sistema recém gerado se parece:
require "application_system_test_case"
class UsersTest < ApplicationSystemTestCase
# test "visiting the index" do
# visit users_url
#
# assert_selector "h1", text: "Users"
# end
end
Por padrão, testes de sistema utilizam o driver Selenium, executando o navegador Chrome, em uma tela de tamanho 1400x1400. A próxima seção explica como mudar as configurações padrão.
6.1 Mudando as Configurações Padrão
O Rails faz com que mudar as configurações padrão de testes de sistema seja muito simples. Toda a preparação (setup) é abstraída, logo você pode focar mais em escrever testes.
Quando uma nova aplicação ou scaffold são gerados, o arquivo application_system_test_case.rb
é criado na pasta de testes.
É nele em que todas as configurações de seus testes de sistema devem estão.
Se você quiser mudar as configurações padrão, você pode mudar quem "dirige" (driver) os testes de sistema.
Digamos que você quer mudar de Selenium para Cuprite.
Primeiro adicione a gem cuprite
em seu Gemfile
.
Depois, em seu application_system_test_case.rb
, faça o seguinte:
require "test_helper"
require "capybara/cuprite"
class ApplicationSystemTestCase < ActionDispatch::SystemTestCase
driven_by :cuprite
end
O nome do driver é um argumento obrigatório de driven_by
.
Os argumentos opcionais que podem ser passados para driven_by
são :using
para o navegador web (opção usada somente pelo driver Selenium), :screen_size
para mudar o tamanho da tela e das capturas de tela e :options
que serve para configurações específicas de cada driver.
require "test_helper"
class ApplicationSystemTestCase < ActionDispatch::SystemTestCase
driven_by :selenium, using: :firefox
end
Se você quiser usar um navegador headless, você pode usar o Chrome headless ou Firefox headless passando headless_chrome
ou headless_firefox
para o argumento :using
.
require "test_helper"
class ApplicationSystemTestCase < ActionDispatch::SystemTestCase
driven_by :selenium, using: :headless_chrome
end
Se a sua configuração do Capybara requer mais customização do que as fornecidas pelo Rails, opções adicionais podem ser adicionadas no arquivo application_system_test_case.rb
.
Consulte a documentação do Capybara para configurações adicionais.
6.2 Helper de capturas de tela
O módulo ScreenshotHelper
é um helper feito para fazer capturas de tela ("prints") dos seus testes.
Isso pode ser útil para ver o navegador web no momento em que um teste falha ou para debug.
Dois métodos são disponibilizados: take_screenshot
e take_failed_screenshot
.
No Rails, o método take_failed_screenshot
é automaticamente incluído em before_teardown
.
O helper take_screenshot
pode ser chamado em qualquer lugar nos seus testes para fazer uma captura de tela do navegador.
6.3 Implementando um Teste de Sistema
Agora vamos adicionar um teste de sistema em nossa aplicação de blog. Vamos demonstrar como escrever testes de sistema, através da visita a página inicial da aplicação e da escrita de um novo artigo de blog.
Se você tive usado o generator de scaffold, então o esqueleto de um teste de sistema foi automaticamente criado para você. Se você não utilizou o generator de scaffold, comece criando o esqueleto de um teste de sistema.
$ bin/rails generate system_test articles
Isso deveria criar um arquivo de teste. Se você utilizou o comando anterior, você deveria ver a seguinte saída:
invoke test_unit
create test/system/articles_test.rb
Agora vamos abrir o arquivo e escrever nossa primeira asserção:
require "application_system_test_case"
class ArticlesTest < ApplicationSystemTestCase
test "viewing the index" do
visit articles_path
assert_selector "h1", text: "Articles"
end
end
O teste deveria localizar que há um elemento h1
na página inicial (index) de articles e passar.
Rode os testes de sistema.
$ bin/rails test:system
Por padrão, rodar bin/rails test
não irá rodar seus testes de sistema.
Certifique-se de rodar bin/rails test:system
para que eles sejam executados.
Você também pode executar bin/rails test:all
para rodar todos os testes, incluindo os de sistema.
6.3.1 Criando um Teste de Sistema de Artigos
Agora vamos testar o fluxo de criação de um novo artigo para o nosso blog.
test "should create Article" do
visit articles_path
click_on "New Article"
fill_in "Title", with: "Creating an Article"
fill_in "Body", with: "Created this article successfully!"
click_on "Create Article"
assert_text "Creating an Article"
end
O primeiro passo é chamar visit articles_path
.
Isso faz com que o teste acesse a página inicial (index) de articles.
Depois a instrução click_on "New Article"
vai achar o botão "New Article" na página inicial (index).
Isso vai redirecionar o navegador para /articles/new
.
Após isso, o teste vai preencher o título (title) e o corpo (body) do artigo com o texto especificado. Uma vez que os campos estão preenchidos, clica-se em "Create Article", que irá mandar uma requisição POST para criar o artigo no banco de dados.
Finalmente, nós vamos ser redirecionados de volta para a página inicial (index) e lá vamos assertar que o texto do título de nosso novo artigo está presente na página inicial.
6.3.2 Testando em diferentes tamanhos de tela
Se você quiser testar em telas de tamanho mobile além do tamanho desktop, você pode criar outra classe que herda de ActionDispatch::SystemTestCase
para usar em sua suite de testes.
Nesse exemplo, um arquivo chamado mobile_system_test_case.rb
foi criado no caminho /test
com a seguinte configuração:
require "test_helper"
class MobileSystemTestCase < ActionDispatch::SystemTestCase
driven_by :selenium, using: :chrome, screen_size: [375, 667]
end
Para usar essa configuração, crie um teste dentro de test/system
que herda de MobileSystemTestCase
.
Agora você pode testar seu app com diferentes configurações de tela.
require "mobile_system_test_case"
class PostsTest < MobileSystemTestCase
test "visiting the index" do
visit posts_url
assert_selector "h1", text: "Posts"
end
end
6.3.3 Indo Além
A beleza dos testes de sistema é que, parecido com os testes de integração, eles também testam a interação do usuário com o controller, model e a view. Porém, o teste de sistema é muito mais robusto e testa a aplicação como se uma pessoa de verdade estivesse usando. Indo além, você pode testar qualquer coisa que os próprios usuários fariam em sua aplicação, como comentar, deletar artigos, publicar rascunhos e etc.
7 Testes de Integração
Os testes de integração são utilizados para testar como várias partes da nossa aplicação interagem. Geralmente, são usados para testar fluxos importantes dentro da nossa aplicação.
Para criar testes de integração no Rails, utilizamos o diretório test/integration
da nossa aplicação. O Rails fornece um gerador para criar uma estrutura básica de teste de integração para nós.
$ bin/rails generate integration_test user_flows
exists test/integration/
create test/integration/user_flows_test.rb
Veja como fica um teste de integração recém-gerado:
require "test_helper"
class UserFlowsTest < ActionDispatch::IntegrationTest
# test "a verdade" do
# assert true
# end
end
Aqui, o teste está herdando de ActionDispatch::IntegrationTest
. Isso disponibiliza alguns helpers adicionais para usarmos em nossos testes de integração.
7.1 Helpers Disponíveis para Testes de Integração
Além dos helpers de teste padrão, herdar de ActionDispatch::IntegrationTest
nos proporciona alguns helpers adicionais ao escrever testes de integração. Vamos nos familiarizar brevemente com as três categorias de helpers que temos à disposição.
Para lidar com o runner de teste de integração, consulte ActionDispatch::Integration::Runner
.
Ao realizar requisições, teremos ActionDispatch::Integration::RequestHelpers
disponíveis para nosso uso.
Se precisarmos modificar a sessão ou o estado do nosso teste de integração, dê uma olhada em ActionDispatch::Integration::Session
para ajudar.
7.2 Implementando um Teste de Integração
Vamos adicionar um teste de integração à nossa aplicação de blog. Vamos começar com um fluxo básico de criação de um novo artigo de blog, para verificar se tudo está funcionando corretamente.
Vamos começar gerando a estrutura básica do nosso teste de integração:
$ bin/rails generate integration_test blog_flow
Isso deve ter criado um arquivo de teste para nós. Com a saída do comando anterior, deveríamos ver:
invoke test_unit
create test/integration/blog_flow_test.rb
Agora vamos abrir esse arquivo e escrever nossa primeira asserção:
require "test_helper"
class BlogFlowTest < ActionDispatch::IntegrationTest
test "consegue ver a tela de boas vindas" do
get "/"
assert_select "h1", "Welcome#index"
end
end
Vamos dar uma olhada em assert_select
para consultar o HTML resultante de uma requisição na seção "Testando Views" abaixo. Ele é usado para testar a resposta da nossa requisição, assegurando a presença de elementos HTML chave e seu conteúdo.
Quando visitamos nosso caminho raiz, deveríamos ver welcome/index.html.erb
renderizado para a view. Então essa asserção deveria passar.
7.2.1 Integração de criação de artigos
Que tal testar nossa capacidade de criar um novo artigo em nosso blog e ver o artigo resultante. ```ruby test "consegue criar um artigo" do get "/articles/new" assert_response :success
post "/articles", params: { article: { title: "can create", body: "article successfully." } } assert_response :redirect follow_redirect! assert_response :success assert_select "p", "Title:\n can create" end ```
Vamos fragmentar esse teste para que possamos entendê-lo.
Começamos chamando a ação :new
no nosso controller de Artigos. Essa resposta deveria ser bem-sucedida.
Depois disso, fazemos uma requisição de post para a ação :create
do nosso controller de Artigos:
post "/articles",
params: { article: { title: "can create", body: "article successfully." } }
assert_response :redirect
follow_redirect!
As duas linhas após a requisição são para lidar com o redirecionamento que configuramos ao criar um novo artigo.
Não se esqueça de chamar follow_redirect!
se planeja fazer requisições subsequentes após um redirecionamento ser feito.
Finalmente, podemos assegurar que nossa resposta foi bem-sucedida e que nosso novo artigo está legível na página.
7.2.2 Indo além
Conseguimos testar com sucesso um fluxo muito pequeno para visitar nosso blog e criar um novo artigo. Se quisermos levar isso adiante, poderíamos adicionar testes para comentários, remover artigos ou editar comentários. Testes de integração são um ótimo lugar para experimentar todos os tipos de casos de uso para nossas aplicações.
8 Functional Tests for Your Controllers
In Rails, testing the various actions of a controller is a form of writing functional tests. Remember your controllers handle the incoming web requests to your application and eventually respond with a rendered view. When writing functional tests, you are testing how your actions handle the requests and the expected result or response, in some cases an HTML view.
8.1 What to include in your Functional Tests
You should test for things such as:
- was the web request successful?
- was the user redirected to the right page?
- was the user successfully authenticated?
- was the appropriate message displayed to the user in the view?
- was the correct information displayed in the response?
The easiest way to see functional tests in action is to generate a controller using the scaffold generator:
$ bin/rails generate scaffold_controller article title:string body:text
...
create app/controllers/articles_controller.rb
...
invoke test_unit
create test/controllers/articles_controller_test.rb
...
This will generate the controller code and tests for an Article
resource.
You can take a look at the file articles_controller_test.rb
in the test/controllers
directory.
If you already have a controller and just want to generate the test scaffold code for each of the seven default actions, you can use the following command:
$ bin/rails generate test_unit:scaffold article
...
invoke test_unit
create test/controllers/articles_controller_test.rb
...
Let's take a look at one such test, test_should_get_index
from the file articles_controller_test.rb
.
# articles_controller_test.rb
class ArticlesControllerTest < ActionDispatch::IntegrationTest
test "should get index" do
get articles_url
assert_response :success
end
end
In the test_should_get_index
test, Rails simulates a request on the action called index
, making sure the request was successful
and also ensuring that the right response body has been generated.
The get
method kicks off the web request and populates the results into the @response
. It can accept up to 6 arguments:
- The URI of the controller action you are requesting.
This can be in the form of a string or a route helper (e.g.
articles_url
). -
params
: option with a hash of request parameters to pass into the action (e.g. query string parameters or article variables). -
headers
: for setting the headers that will be passed with the request. -
env
: for customizing the request environment as needed. -
xhr
: whether the request is Ajax request or not. Can be set to true for marking the request as Ajax. -
as
: for encoding the request with different content type.
All of these keyword arguments are optional.
Example: Calling the :show
action for the first Article
, passing in an HTTP_REFERER
header:
get article_url(Article.first), headers: { "HTTP_REFERER" => "http://example.com/home" }
Another example: Calling the :update
action for the last Article
, passing in new text for the title
in params
, as an Ajax request:
patch article_url(Article.last), params: { article: { title: "updated" } }, xhr: true
One more example: Calling the :create
action to create a new article, passing in
text for the title
in params
, as JSON request:
post articles_path, params: { article: { title: "Ahoy!" } }, as: :json
If you try running test_should_create_article
test from articles_controller_test.rb
it will fail on account of the newly added model level validation and rightly so.
Let us modify test_should_create_article
test in articles_controller_test.rb
so that all our test pass:
test "should create article" do
assert_difference("Article.count") do
post articles_url, params: { article: { body: "Rails is awesome!", title: "Hello Rails" } }
end
assert_redirected_to article_path(Article.last)
end
Now you can try running all the tests and they should pass.
If you followed the steps in the Basic Authentication section, you'll need to add authorization to every request header to get all the tests passing:
post articles_url, params: { article: { body: "Rails is awesome!", title: "Hello Rails" } }, headers: { Authorization: ActionController::HttpAuthentication::Basic.encode_credentials("dhh", "secret") }
8.2 Available Request Types for Functional Tests
If you're familiar with the HTTP protocol, you'll know that get
is a type of request. There are 6 request types supported in Rails functional tests:
get
post
patch
put
head
delete
All of request types have equivalent methods that you can use. In a typical C.R.U.D. application you'll be using get
, post
, put
, and delete
more often.
Functional tests do not verify whether the specified request type is accepted by the action, we're more concerned with the result. Request tests exist for this use case to make your tests more purposeful.
8.3 Testing XHR (AJAX) requests
To test AJAX requests, you can specify the xhr: true
option to get
, post
,
patch
, put
, and delete
methods. For example:
test "ajax request" do
article = articles(:one)
get article_url(article), xhr: true
assert_equal "hello world", @response.body
assert_equal "text/javascript", @response.media_type
end
8.4 The Three Hashes of the Apocalypse
After a request has been made and processed, you will have 3 Hash objects ready for use:
-
cookies
- Any cookies that are set -
flash
- Any objects living in the flash -
session
- Any object living in session variables
As is the case with normal Hash objects, you can access the values by referencing the keys by string. You can also reference them by symbol name. For example:
flash["gordon"] flash[:gordon]
session["shmession"] session[:shmession]
cookies["are_good_for_u"] cookies[:are_good_for_u]
8.5 Instance Variables Available
You also have access to three instance variables in your functional tests, after a request is made:
-
@controller
- The controller processing the request -
@request
- The request object -
@response
- The response object
class ArticlesControllerTest < ActionDispatch::IntegrationTest
test "should get index" do
get articles_url
assert_equal "index", @controller.action_name
assert_equal "application/x-www-form-urlencoded", @request.media_type
assert_match "Articles", @response.body
end
end
8.6 Setting Headers and CGI variables
HTTP headers and CGI variables can be passed as headers:
# setting an HTTP Header
get articles_url, headers: { "Content-Type": "text/plain" } # simulate the request with custom header
# setting a CGI variable
get articles_url, headers: { "HTTP_REFERER": "http://example.com/home" } # simulate the request with custom env variable
8.7 Testing flash
notices
If you remember from earlier, one of the Three Hashes of the Apocalypse was flash
.
We want to add a flash
message to our blog application whenever someone
successfully creates a new Article.
Let's start by adding this assertion to our test_should_create_article
test:
test "should create article" do
assert_difference("Article.count") do
post articles_url, params: { article: { title: "Some title" } }
end
assert_redirected_to article_path(Article.last)
assert_equal "Article was successfully created.", flash[:notice]
end
If we run our test now, we should see a failure:
$ bin/rails test test/controllers/articles_controller_test.rb -n test_should_create_article
Run options: -n test_should_create_article --seed 32266
# Running:
F
Finished in 0.114870s, 8.7055 runs/s, 34.8220 assertions/s.
1) Failure:
ArticlesControllerTest#test_should_create_article [/test/controllers/articles_controller_test.rb:16]:
--- expected
+++ actual
@@ -1 +1 @@
-"Article was successfully created."
+nil
1 runs, 4 assertions, 1 failures, 0 errors, 0 skips
Let's implement the flash message now in our controller. Our :create
action should now look like this:
def create
@article = Article.new(article_params)
if @article.save
flash[:notice] = "Article was successfully created."
redirect_to @article
else
render "new"
end
end
Now if we run our tests, we should see it pass:
$ bin/rails test test/controllers/articles_controller_test.rb -n test_should_create_article
Run options: -n test_should_create_article --seed 18981
# Running:
.
Finished in 0.081972s, 12.1993 runs/s, 48.7972 assertions/s.
1 runs, 4 assertions, 0 failures, 0 errors, 0 skips
8.8 Putting it together
At this point our Articles controller tests the :index
as well as :new
and :create
actions. What about dealing with existing data?
Let's write a test for the :show
action:
test "should show article" do
article = articles(:one)
get article_url(article)
assert_response :success
end
Remember from our discussion earlier on fixtures, the articles()
method will give us access to our Articles fixtures.
How about deleting an existing Article?
test "should destroy article" do
article = articles(:one)
assert_difference("Article.count", -1) do
delete article_url(article)
end
assert_redirected_to articles_path
end
We can also add a test for updating an existing Article.
test "should update article" do
article = articles(:one)
patch article_url(article), params: { article: { title: "updated" } }
assert_redirected_to article_path(article)
# Reload association to fetch updated data and assert that title is updated.
article.reload
assert_equal "updated", article.title
end
Notice we're starting to see some duplication in these three tests, they both access the same Article fixture data. We can D.R.Y. this up by using the setup
and teardown
methods provided by ActiveSupport::Callbacks
.
Our test should now look something as what follows. Disregard the other tests for now, we're leaving them out for brevity.
require "test_helper"
class ArticlesControllerTest < ActionDispatch::IntegrationTest
# called before every single test
setup do
@article = articles(:one)
end
# called after every single test
teardown do
# when controller is using cache it may be a good idea to reset it afterwards
Rails.cache.clear
end
test "should show article" do
# Reuse the @article instance variable from setup
get article_url(@article)
assert_response :success
end
test "should destroy article" do
assert_difference("Article.count", -1) do
delete article_url(@article)
end
assert_redirected_to articles_path
end
test "should update article" do
patch article_url(@article), params: { article: { title: "updated" } }
assert_redirected_to article_path(@article)
# Reload association to fetch updated data and assert that title is updated.
@article.reload
assert_equal "updated", @article.title
end
end
Similar to other callbacks in Rails, the setup
and teardown
methods can also be used by passing a block, lambda, or method name as a symbol to call.
8.9 Test helpers
To avoid code duplication, you can add your own test helpers. Sign in helper can be a good example:
# test/test_helper.rb
module SignInHelper
def sign_in_as(user)
post sign_in_url(email: user.email, password: user.password)
end
end
class ActionDispatch::IntegrationTest
include SignInHelper
end
require "test_helper"
class ProfileControllerTest < ActionDispatch::IntegrationTest
test "should show profile" do
# helper is now reusable from any controller test case
sign_in_as users(:david)
get profile_url
assert_response :success
end
end
8.9.1 Using Separate Files
If you find your helpers are cluttering test_helper.rb
, you can extract them into separate files.
One good place to store them is test/lib
or test/test_helpers
.
# test/test_helpers/multiple_assertions.rb
module MultipleAssertions
def assert_multiple_of_forty_two(number)
assert (number % 42 == 0), "expected #{number} to be a multiple of 42"
end
end
These helpers can then be explicitly required as needed and included as needed
require "test_helper"
require "test_helpers/multiple_assertions"
class NumberTest < ActiveSupport::TestCase
include MultipleAssertions
test "420 is a multiple of forty two" do
assert_multiple_of_forty_two 420
end
end
or they can continue to be included directly into the relevant parent classes
# test/test_helper.rb
require "test_helpers/sign_in_helper"
class ActionDispatch::IntegrationTest
include SignInHelper
end
8.9.2 Eagerly Requiring Helpers
You may find it convenient to eagerly require helpers in test_helper.rb
so your test files have implicit access to them. This can be accomplished using globbing, as follows
# test/test_helper.rb
Dir[Rails.root.join("test", "test_helpers", "**", "*.rb")].each { |file| require file }
This has the downside of increasing the boot-up time, as opposed to manually requiring only the necessary files in your individual tests.
9 Testando Rotas
Assim como tudo na sua aplicação Rails, você também pode testar suas rotas.
Testes de rotas são encontrados na pasta test/controllers/
ou podem fazer parte de seus testes de controller.
Se sua aplicação tem rotas muito complexas, o Rails fornece vários helpers úteis para testá-las.
Para mais informações sobre as asserções de rotas disponíveis no Rails, veja a documentação da API de ActionDispatch::Assertions::RoutingAssertions
.
10 Testando Views
Testar a resposta de sua requisição através da presença de elementos HTML chave e o seu conteúdo é uma forma comum de testar as views de sua aplicação. Assim como os testes de rota, testes de view ficam em test/controllers/
ou são parte dos seus testes de controller.
O método assert_select
permite que você faça consultas a elementos HTML da resposta, através de uma sintaxe simples, mas poderosa.
Há duas formas de assert_select
:
A assinatura assert_select(selector, [equality], [message])
garante que a condição de igualdade (equality
) é atendida nos elementos selecionados através do seletor (selector).
O argumento selector pode ser um seletor CSS (String) ou uma expressão com valores de substituição (como nesses testes).
Já assert_select(element, selector, [equality], [message])
garante que a condição de igualdade (equality
) é atendida nos elementos selecionados através do seletor, começando no elemento element
(instância de Nokogiri::XML::Node
ou Nokogiri::XML::NodeSet
) e seus descendentes.
Por exemplo, você poderia verificar o conteúdo do elemento title
na sua resposta com:
assert_select "title", "Welcome to Rails Testing Guide"
Você também pode usar blocos aninhados de assert_select
para uma investigação mais profunda.
No exemplo a seguir, o assert_select
mais interno de li.menu_item
executa com a coleção de elementos selecionados pelo bloco mais externo:
assert_select "ul.navigation" do
assert_select "li.menu_item"
end
Uma coleção de elementos pode ser iterada para que assert_select
possa ser chamado individualmente para cada elemento.
Por exemplo, se a resposta contiver duas listas ordenadas, cada uma com quatro elementos, então os testes a seguir irão passar.
assert_select "ol" do |elements|
elements.each do |element|
assert_select element, "li", 4
end
end
assert_select "ol" do
assert_select "li", 8
end
Essa asserção é bastante poderosa. Para usos mais avançados, veja a sua documentação.
10.1 Asserções Adicionais para Views
Existem mais asserções que são usadas primariamente em testes de views:
Asserção | Propósito |
---|---|
assert_select_email |
Permite fazer asserções no corpo de um email. |
assert_select_encoded |
Permite fazer asserções em HTML codificado. Isso é feito decodificando os conteúdos de cada elemento e então chamando o bloco com todos os elementos decodificados. |
css_select(selector) ou css_select(element, selector)
|
Retorna uma array de todos os elementos selecionados por selector. Na segunda variante, o método primeiro seleciona o elemento base element e depois tenta selecionar os descendentes de element através de selector . Se não houver nenhum match, ambas variantes retornam array vazia. |
Aqui está um exemplo do uso de assert_selected_email
:
assert_select_email do
assert_select "small", "Please click the 'Unsubscribe' link if you want to opt-out."
end
11 Testando os Helpers
Um helper é apenas um simples módulo onde você pode definir métodos que estarão disponíveis nas suas views.
Para testar os helpers, tudo que você precisa fazer é verificar se a saída do
método helper é de fato a saída esperada. Testes relacionados aos helpers estão
localizados dentro da pasta test/helpers
.
Dado o seguinte helper:
module UsersHelper
def link_to_user(user)
link_to "#{user.first_name} #{user.last_name}", user
end
end
Nós podemos testar a saída desse método da seguinte maneira:
class UsersHelperTest < ActionView::TestCase
test "should return the user's full name" do
user = users(:david)
assert_dom_equal %{<a href="/user/#{user.id}">David Heinemeier Hansson</a>}, link_to_user(user)
end
end
Além disso, uma vez que a classe de teste se estende de ActionView::TestCase
, você tem
acesso aos métodos auxiliares do Rails como link_to
oupluralize
.
12 Testing Your Mailers
Testing mailer classes requires some specific tools to do a thorough job.
12.1 Keeping the Postman in Check
Your mailer classes - like every other part of your Rails application - should be tested to ensure that they are working as expected.
The goals of testing your mailer classes are to ensure that:
- emails are being processed (created and sent)
- the email content is correct (subject, sender, body, etc)
- the right emails are being sent at the right times
12.1.1 From All Sides
There are two aspects of testing your mailer, the unit tests and the functional tests. In the unit tests, you run the mailer in isolation with tightly controlled inputs and compare the output to a known value (a fixture). In the functional tests you don't so much test the minute details produced by the mailer; instead, we test that our controllers and models are using the mailer in the right way. You test to prove that the right email was sent at the right time.
12.2 Unit Testing
In order to test that your mailer is working as expected, you can use unit tests to compare the actual results of the mailer with pre-written examples of what should be produced.
12.2.1 Revenge of the Fixtures
For the purposes of unit testing a mailer, fixtures are used to provide an example of how the output should look. Because these are example emails, and not Active Record data like the other fixtures, they are kept in their own subdirectory apart from the other fixtures. The name of the directory within test/fixtures
directly corresponds to the name of the mailer. So, for a mailer named UserMailer
, the fixtures should reside in test/fixtures/user_mailer
directory.
If you generated your mailer, the generator does not create stub fixtures for the mailers actions. You'll have to create those files yourself as described above.
12.2.2 The Basic Test Case
Here's a unit test to test a mailer named UserMailer
whose action invite
is used to send an invitation to a friend. It is an adapted version of the base test created by the generator for an invite
action.
require "test_helper"
class UserMailerTest < ActionMailer::TestCase
test "invite" do
# Create the email and store it for further assertions
email = UserMailer.create_invite("[email protected]",
"[email protected]", Time.now)
# Send the email, then test that it got queued
assert_emails 1 do
email.deliver_now
end
# Test the body of the sent email contains what we expect it to
assert_equal ["[email protected]"], email.from
assert_equal ["[email protected]"], email.to
assert_equal "You have been invited by [email protected]", email.subject
assert_equal read_fixture("invite").join, email.body.to_s
end
end
In the test we create the email and store the returned object in the email
variable. We then ensure that it was sent (the first assert), then, in the
second batch of assertions, we ensure that the email does indeed contain what we
expect. The helper read_fixture
is used to read in the content from this file.
email.body.to_s
is present when there's only one (HTML or text) part present.
If the mailer provides both, you can test your fixture against specific parts
with email.text_part.body.to_s
or email.html_part.body.to_s
.
Here's the content of the invite
fixture:
Hi [email protected],
You have been invited.
Cheers!
This is the right time to understand a little more about writing tests for your
mailers. The line ActionMailer::Base.delivery_method = :test
in
config/environments/test.rb
sets the delivery method to test mode so that
email will not actually be delivered (useful to avoid spamming your users while
testing) but instead it will be appended to an array
(ActionMailer::Base.deliveries
).
The ActionMailer::Base.deliveries
array is only reset automatically in
ActionMailer::TestCase
and ActionDispatch::IntegrationTest
tests.
If you want to have a clean slate outside these test cases, you can reset it
manually with: ActionMailer::Base.deliveries.clear
12.3 Functional and System Testing
Unit testing allows us to test the attributes of the email while functional and system testing allows us to test whether user interactions appropriately trigger the email to be delivered. For example, you can check that the invite friend operation is sending an email appropriately:
# Integration Test
require "test_helper"
class UsersControllerTest < ActionDispatch::IntegrationTest
test "invite friend" do
# Asserts the difference in the ActionMailer::Base.deliveries
assert_emails 1 do
post invite_friend_url, params: { email: "[email protected]" }
end
end
end
# System Test
require "test_helper"
class UsersTest < ActionDispatch::SystemTestCase
driven_by :selenium, using: :headless_chrome
test "inviting a friend" do
visit invite_users_url
fill_in "Email", with: "[email protected]"
assert_emails 1 do
click_on "Invite"
end
end
end
The assert_emails
method is not tied to a particular deliver method and will work with emails delivered with either the deliver_now
or deliver_later
method. If we explicitly want to assert that the email has been enqueued we can use the assert_enqueued_emails
method. More information can be found in the documentation here.
13 Testando os Jobs
Uma vez que seus jobs podem ser enfileirados em diferentes camadas dentro da sua aplicação, será necessário testar tanto os jobs propriamente ditos (seu comportamento, uma vez que estiverem enfileirados), quanto as entidades que fazem o enfileiramento destes.
13.1 Um Caso de Teste Básico
Por padrão, quando você gera um job, também será gerado um teste
dentro do diretório test/jobs
. Aqui está um exemplo de teste do job de cobrança (billing):
require "test_helper"
class BillingJobTest < ActiveJob::TestCase
test "that account is charged" do
BillingJob.perform_now(account, product)
assert account.reload.charged_for?(product)
end
end
Esse teste é bem simples e somente faz a asserção que job fez o trabalho como esperado.
Por padrão, ActiveJob::TestCase
irá definir o adaptador de fila para :test
dessa maneira
seus jobs irão ser executados de forma linear. Isso também irá garantir que todos os jobs realizados
anteriormente e os que estiverem enfileirados serão limpos antes de qualquer execução de teste para que
você possa assumir com segurança que nenhum outro tenha sido executado no âmbito de cada teste.
13.2 Asserções Personalizadas e Testando Jobs dentro de Outros Componentes
O Active Job vem com um monte de asserções customizadas que podem ser usadas para diminuir a verbosidade
dos testes. Para uma lsita completa de asserções disponíveis, visite a documenta da API em
ActiveJob::TestHelper
.
É uma boa prática se assegurar que seus jobs serão enfileirados ou executados onde quer que você os invoque (exemplo: dentro dos seus controllers). Este é um bom local onde as asserções personalizadas fornecidas pelo Active Job são muito úteis. Por exemplo, dentro de um model:
require "test_helper"
class ProductTest < ActiveSupport::TestCase
include ActiveJob::TestHelper
test "billing job scheduling" do
assert_enqueued_with(job: BillingJob) do
product.charge(account)
end
end
end
14 Testando o Action Cable
Como o Action Cable é usado em diferentes partes de sua aplicação, você precisará testar ambos os canais, classes de conexão e mensagens corretas das classes de transmissão.
14.1 Caso de Teste de Conexão
Por padrão, quando você cria uma nova aplicação Rails com o Action Cable, um teste de classe base de conexão (ApplicationCable::Connection
) também é gerado dentro da pasta test/channels/application_cable
.
Testes de conexão servem para verificar se os identificadores foram configurados ou que requests de conexão impróprias foram rejeitados. Aqui está um exemplo:
class ApplicationCable::ConnectionTest < ActionCable::Connection::TestCase
test "conecta com parâmetros" do
# Simula uma conexão chamando o método `connect`
connect params: { user_id: 42 }
# Você pode acessar o objeto Connection via `connection` nos testes
assert_equal connection.user_id, "42"
end
test "rejeita conexão sem parâmetros" do
# Use o matcher `assert_reject_connection` para verificar que
# a conexão foi rejeitada
assert_reject_connection { connect }
end
end
Você também pode especificar cookies de request do mesmo jeito que você faz em testes de integração:
test "conecta com cookies" do
cookies.signed[:user_id] = "42"
connect
assert_equal connection.user_id, "42"
end
Veja a documentação da API do ActionCable::Connection::TestCase
para mais informações.
14.2 Caso de Teste de Canal
Por padrão, quando você gera um canal, um teste associado também será criado dentro da pasta test/channels
. Aqui está um teste de exemplo com um canal de chat:
require "test_helper"
class ChatChannelTest < ActionCable::Channel::TestCase
test "se inscreve e faz um stream para determinada sala" do
# Simula uma criação de inscrição por chamar o método `subscribe`
subscribe room: "15"
# Você pode acessar o objeto Channel usando o método `subscription`em testes
assert subscription.confirmed?
assert_has_stream "chat_15"
end
end
Este teste é muito simples e apenas verifica que o canal faz a conexão para uma stream particular. Você também pode especificar identificadores de conexões subjacentes. Aqui está um teste de exemplo com canal de notificações web:
require "test_helper"
class WebNotificationsChannelTest < ActionCable::Channel::TestCase
test "se inscreve e faz stream para dado usuário" do
stub_connection current_user: users(:john)
subscribe
assert_has_stream_for users(:john)
end
end
Veja a documentação da API do ActionCable::Channel::TestCase
para mais informações.
14.3 Asserções customizadas e Testando Transmissões dentro de outros componentes
O Action Cable vem com uma grande variedade de asserções customizadas que podem ser usadas para deixar os testes menos verbosos. Para uma lista completa das asserções disponíveis, veja a documentação da API do ActionCable::TestHelper
.
É uma boa prática ter certeza que a mensagem correta foi transmitida dentro de outros componentes (ex: dentro de seus controllers). Isso é precisamente onde as asserções customizadas providas pelo Action Cable são muito úteis. Por exemplo, com um model:
require "test_helper"
class ProductTest < ActionCable::TestCase
test "status da trasmissão depois da mudança do pagamento" do
assert_broadcast_on("products:#{product.id}", type: "charged") do
product.charge(account)
end
end
end
Se você quer testar a transmissão feita com Channel.broadcast_to
, você deveria usar
Channel.broadcasting_for
para gerar uma stream subjacente:
# app/jobs/chat_relay_job.rb
class ChatRelayJob < ApplicationJob
def perform(room, message)
ChatChannel.broadcast_to room, text: message
end
end
# test/jobs/chat_relay_job_test.rb
require "test_helper"
class ChatRelayJobTest < ActiveJob::TestCase
include ActionCable::TestHelper
test "transmite mensagem para a sala" do
room = rooms(:all)
assert_broadcast_on(ChatChannel.broadcasting_for(room), text: "Hi!") do
ChatRelayJob.perform_now(room, "Hi!")
end
end
end
15 Recursos Adicionais para Testes
15.1 Testando Código Dependente de Data/Horário
O Rails fornece métodos helpers integrados que permitem que você verifique que seu código dependente de data ou hora funcione conforme o esperado.
Aqui está um exemplo utilizando o helper travel_to
:
# Digamos que um usuário só poderá enviar presentes após um mês do seu registro.
user = User.create(name: "Gaurish", activation_date: Date.new(2004, 10, 24))
assert_not user.applicable_for_gifting?
travel_to Date.new(2004, 11, 24) do
assert_equal Date.new(2004, 10, 24), user.activation_date # dentro do bloco `travel_to` é feito o mock de `Date.current`
assert user.applicable_for_gifting?
end
assert_equal Date.new(2004, 10, 24), user.activation_date # A mudança é visível somente dentro do bloco `travel_to`.
Por favor consulte a Documentação da API ActiveSupport::Testing::TimeHelpers
para obter informações detalhadas sobre os helpers de tempo disponíveis.
16 Testando Eager Loading
Normalmente, aplicações não fazem eager loading
em ambientes de desenvolvimento e testes para tornar a app mais rápida. Mas fazem em ambientes de produção.
Se algum arquivo no projeto não pode ser carregado por qualquer que seja o motivo, é melhor você detectar antes de fazer deploy para produção, correto?
16.1 Integração Contínua
Se seu projeto tem o CI configurado, eager loading neste é uma maneira fácil de ter certeza que a app faz eager loading.
CIs normalmente expõem alguma variável de ambiente para indicar a suíte de teste que está rodando lá. Por exemplo, poderia ser CI
:
# config/environments/test.rb
config.eager_load = ENV["CI"].present?
A partir de Rails 7, aplicações geradas são configuradas desse jeito por padrão.
16.2 Suítes de Testes Simples
Se seu projeto não possui integração contínua, você ainda pode fazer eager load na suíte de teste por chamar Rails.application.eager_load!
:
16.2.1 Minitest
require "test_helper"
class ZeitwerkComplianceTest < ActiveSupport::TestCase
test "faz eager loading de todos os arquivos sem erros" do
assert_nothing_raised { Rails.application.eager_load! }
end
end
16.2.2 RSpec
require "rails_helper"
RSpec.describe "Zeitwerk compliance" do
it "faz eager loading de todos os arquivos sem erros" do
expect { Rails.application.eager_load! }.not_to raise_error
end
end
17 Testando Recursos Adicionais
17.1 Testando código dependente de tempo
Rails fornece métodos built-in
que permitem você fazer asserções se seu código sensível a tempo funciona como esperado.
Aqui está um exemplo usando o helper travel_to
:
# Vamos dizer que um usuário é elegível para presentear um mês depois que eles se registram.
user = User.create(name: "Gaurish", activation_date: Date.new(2004, 10, 24))
assert_not user.applicable_for_gifting?
travel_to Date.new(2004, 11, 24) do
assert_equal Date.new(2004, 10, 24), user.activation_date # dentro do bloco `travel_to` o método `Date.current` é mockado
assert user.applicable_for_gifting?
end
assert_equal Date.new(2004, 10, 24), user.activation_date # A mudança foi visível apenas dentro do bloco `travel_to`.
Por favor veja ActiveSupport::Testing::TimeHelpers
API Documentation
para informações mais profundas sobre os helpers disponíveis de tempo.
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